Dados da Mastercard mostram que as compras na internet cresceram 19,1% no fim de 2018. Varejista divulga resultados hoje
Os finais de ano têm sido generosos com Jeff Bezos, fundador da Amazon. O mercado, aquecido com o Natal e com o Dia de Ação de Graças nos EUA, costuma elevar os números da gigante do comércio eletrônico americana.
E em 2018 não deve ter sido diferente, como devem mostrar os resultados que a empresa anuncia nesta quinta-feira (31), referentes ao quarto trimestre do ano passado.
A expectativa da Amazon, divulgada ainda em outubro, é de que o período de três meses feche com uma receita entre 66,5 e 72,5 bilhões de dólares — pelo menos 6 bilhões mais alta do que a registrada no último trimestre do ano passado.
Analistas consultados pelas empresas de dados financeiros FactSet e Estimize não discordam da previsão da empresa, mas apostam num salto quase no topo do guidance, na casa dos 71,9 bilhões de dólares.
Os maiores responsáveis por esse crescimento bilionário serão os mesmos protagonistas dos três trimestres anteriores: as vendas online e a nuvem.
Do comércio eletrônico, analistas estimam que virão 38,4 bilhões de dólares, um aumento de mais de 3 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior.
Tudo graças a um período de festas bastante movimentado nos EUA: dados da Mastercard mostram que as compras na internet cresceram 19,1% no fim de 2018 em comparação com 2017.
O braço de serviços de nuvem da empresa, o Amazon Web Services, aumentará sua receita no trimestre mais de 2 bilhões de dólares em relação aos mesmos três meses do ano anterior.
A previsão é de que a divisão traga cerca de 7,29 bilhões de dólares em faturamento no período.
Se a expectativa mais otimista se confirmar, a Amazon fechará 2018 com um faturamento total de mais de 232 bilhões de dólares, antes os 177,9 bilhões de 2017.
Perspectivas positivas à parte, o crescimento previsto na receita da Amazon ainda assim não é dos melhores. A estimativa feita pela empresa, de um aumento de 10% a 20% na receita, é inclusive a menor dos últimos meses.
Na comparação anual, houve um salto de 43% no faturamento do primeiro trimestre de 2018. No segundo trimestre, o aumento foi de 39%. E no terceiro, o “pulo” em relação ao mesmo período de 2017 foi de 29%.
Fonte: Exame