Enquanto respondia ao processo, Wladmir Lopes de Magalhães Porto, 47 anos, se formou e constituiu família. Após a condenação, criminoso fugiu
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira, Wladmir Lopes de Magalhães Porto, 47 anos. Ele assassinou a bailarina Renata Maria Braga de Carvalho, em Fortaleza (CE), em 28 de dezembro de 1993, com um tiro no olho, após uma briga de trânsito. Ele respondeu ao processo em liberdade, se formou em direito, se casou e teve filhos e somente em 2 de agosto último, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) a 9 anos e dois meses de prisão.
O advogado estava foragido da Justiça desde a condenação e decretação da prisão, e foi localizado por agentes da Divisão de Inteligência da Polícia Civil (Dipo). A expectativa é que, nas próximas horas, a Justiça brasiliense envie Wladmir para o sistema penitenciário do Ceará.
Barbárie
Em todo esse tempo, o réu ficou preso por apenas 11 meses, no antigo Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO), em Fortaleza. Na data do crime, Renata Braga estava em um jeep com amigos, na avenida Beira Mar quando um Wladmir, que conduzia uma caminhonete fechou o veículo. O amigo da bailarina, Gustavo Farias Facó, decidiu ir atrás do outro motorista.
Mais a frente, os veículos se emparelharam. Wladmir estava armado, sacou um revólver e atirou no grupo, atingindo Renata no olho esquerdo. A bailarina chegou a ser socorrida, mas morreu em um hospital particular da região. Para completar, o réu fugiu sem prestar socorro, mas acabou perseguido e preso pela Polícia Militar cearense.