Homem suspeito de matar jovem a facadas após estupro foi preso em Minas Gerais e trazido ao DF. Polícia Civil buscou banco nacional de DNA para encontrá-lo.
s cinco anos de investigação, a Polícia Civil do Distrito Federal informou ter desvendado o caso da morte da jovem Yusllayne Teixeira Reis, de 18 anos, que foi estuprada e morta a facadas em 2012, na Cidade Estrutural. O crime foi solucionado após a Coordenação de Repressão a Homicídios enviar o material genético coletado no sêmen deixado na vítima para o Banco Nacional de Perfis Genéticos do DF.
A princípio, não foi identificado nenhum perfil cadastrado no DF compatível com o coletado. No final de 2016, a polícia levou o registro ao Banco Nacional e lá foi encontrado um cadastro idêntico.
Após análise, o resultado conferiu com o de Walker Fernandes Faraes, um homem que já tinha sido condenado por estupros ocorridos em Unaí e é suspeito de cometer um homicídio e outro estupro em Paracatu, em Minas Gerais.
Segundo a delegada responsável pela investigação, Viviane Bonato, Faraes praticou o último homicídio e se escondeu no DF entre janeiro a março de 2012, quando matou a jovem.
O homem foi trazido de Minas ao DF na segunda-feira (13) e durante o depoimento à polícia, confessou o crime, diz a corporação. “Ele se manteve tranquilo, sem remorsos. Disse que matou a mulher porque ela o mordeu e porque ficou com medo dela identificá-lo posteriormente”, contou. Ele não quis falar à imprensa.
A mulher era casada e na época, tinha um filho de 2 anos. De acordo com a polícia, ela voltava do trabalho, na Feira do Produtor, em Vicente Pires, quando foi atacada.
No depoimento, ele contou que estava comendo laranja próximo a um terreno com kitnets em construção, quando a mulher passou na rua. Ele a abordou com a faca que usava para cortar a laranja e a obrigou a entrar em um apartamento.
Segundo as investigações, ele a amarrou com o cadarço da bermuda e depois a estuprou. A delegada disse que acredita que a mulher conseguiu se soltar, pois existem marcas de confronto físico.
“Possivelmente ela se soltou do cadarço que a amarrava e entrou em confronto com ele. Em algum momento ela o mordeu e, como resposta, ele a esfaqueou 24 vezes e depois estrangulou com o cadarço”, afirmou.
Faraes já estava cumprindo pena de 19 anos e 9 meses em Minas Gerais e agora pode ser condenado a até 30 anos por homicídio qualificado e estupro.
Banco de dados
Este é segundo caso de crime desvendado neste mês com auxílio do Banco Nacional de Perfis Genéticos. Na semana passada, um homem foi identificado pela polícia por ter estuprado cinco mulheres no DF em 2014.
De acordo com o diretor do Instituto de DNA do DF, Samuel Ferreira, o Banco de Dados do DF tem sido bastante utilizado para a resolução de crimes. “Conseguimos identificar 93 estupradores em série que atingiram 246 vítimas em 15 anos”, disse.