Funcionária do Ministério dos Direitos Humanos foi morta a facadas na frente das filhas. Stefanno Jesus de Amorim é procurado pela Polícia Civil.
O homem que está foragido suspeito de assassinar a funcionária do Ministério dos Direitos Humanos Janaína Romão Lucio, de 30 anos, ligou para o telefone fixo da família da vítima nesta segunda-feira (16), dois dias depois de cometer o crime.
Stefanno Jesus de Amorim, de 21 anos, conversou com a irmã de Janaína. Ele disse que queria ficar com as filhas e, em seguida, desligou. O telefonema foi feito a cobrar, pouco depois das 10h. A equipe da TV Globo estava no local no momento.
Assustada, a família ligou imediatamente para a polícia. Primeiro, no número 190, foi informada que deveria procurar a delegacia. A irmã de Janaína telefonou então para a 33ª DP, que investiga o caso.
Até a última atualização desta reportagem, Stefanno não havia sido preso.
O crime
Janaína foi esfaqueada cinco vezes, no peito e nas costas, e chegou a ser transportada pelo Samu ao Hospital Regional de Santa Maria, mas não resistiu aos ferimentos. O crime ocorreu por volta das 18h deste sábado (14).
A faca utilizada para matar Janaína foi deixada no local e apreendida pela equipe de perícia da Polícia Civil.
De acordo com delegado-chefe da 33ª DP, Alberto Rodrigues, há informações de que Janaína “já havia registrado duas ocorrências de violência doméstica” contra o ex-companheiro. O caso está sendo investigado como feminicídio.
O enterro de Janaína está marcado para as 15h30 desta segunda-feira, no Cemitério do Gama.
Direitos Humanos
No Ministério dos Direitos Humanos, Janaína trabalhava como terceirizada na Coordenação-geral dos Direitos da População em Situação de Rua, que monitora, coordena e avalia políticas de atenção a este segmento social.
Segundo funcionários da pasta, ela era “uma moça jovem, alegre e tranquila”.
A última vez em que ela foi vista pelos colegas de trabalho foi na festa junina da autarquia, nesta sexta-feira (13). Na ocasião, ele levou as duas filhas. “Todo mundo ficou chocado [com o crime]”, disse uma funcionária.
Em nota de pesar publicada no site da pasta, o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, afirma que “repudia com veemência a violência contra as mulheres” e que está em contato com a Secretaria de Segurança Pública do DF para “acompanhar de perto as investigações do assassinato de Janaína.”
Fonte: G1 DF.