Servidores do Metrô-DF decidiram em assembleia na noite desta segunda-feira (21) entrar em greve por tempo indeterminado. Os metroviários realizaram paralisação desde a 0h desta segunda. A categoria reivindica a contratação mais funcionários concursados para a segurança e aumento no número do efetivo do setor de operações. Segundo o SindmetrôDF, sindicato da categoria, durante a greve, 30% dos servidores irão continuar trabalhando.
De acordo com os diretores do sindicato da categoria, a empresa não tentou nenhum tipo de negociação com os trabalhadores.
Os metroviários querem a contratação de mais 1,2 mil servidores para o setor de operação. Os trabalhadores também querem aumento do efetivo do corpo de seguranças. Hoje, a maior parte do serviço é terceirizada. Ao todo, o sistema conta com 930 funcionários, sendo 600 do setor de operações.
Inicialmente, SindmetrôDF informou que a paralisação desta segunda seria total, mas, por volta das 6h30, alguns trens começaram a rodar. Dos 24 trens do sistema, sete funcionavam durante a manhã. O horário de início das operações é às 6h. Segundo o Metrô-DF, cerca de 130 mil pessoas utilizam o sistema diariamente.
Devido à paralisação, houve reforço de 100 ônibus para atender à população de Ceilândia, Samambaia e Taguatinga, segundo o DFTrans.
O Metrô-DF informou que enviou um relatório com o número total de vagas na empresa para a Secretaria de Administração. O GDF disse que a previsão é que o edital do concurso seja lançado em dezembro deste ano.
Segundo o o secretário de Relação Intersindical do SindmetrôDF, Dione Aguiar, a categoria adiou uma paralisação em 31 de outubro de 2012, depois que o Metrô-DF se comprometeu a publicar o edital de um concurso para dezembro daquele ano.
“O GDF disse que soltaria edital de concurso para dezembro, não cumpriu, depois disse que faria em 15 de fevereiro e não fez. A empresa disse que faria em julho, depois disse que faria em setembro. A gente se reuniu com a empresa e o governo durante a semana. Eles disseram que farão em dezembro [deste ano], mas categoria não acredita mais”, afirma Aguiar.