Categoria pede redução da jornada de 24 horas para 20 horas semanais.
Rollemberg propôs criação de grupo de trabalho para estudar pedido.
Técnicos e auxiliares em enfermagem do Distrito Federal aprovaram nesta terça-feira (3) a manutenção da greve da categoria, que já dura 26 dias. Segundo o sindicato, 2 mil pessoas participaram da votação, que aconteceu em frente ao prédio da Secretaria de Saúde, depois de reunião com o governador Rodrigo Rollemberg. A categoria pede a redução da jornada de trabalho de 24 horas para 20 horas semanais.
A votação aconteceu no mesmo local onde um grupo de pessoas está acampado desde segunda-feira (2). O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate), João Cardoso da Silva, disse que o Rollemberg propôs a criação de um grupo de trabalho para estudar formas de reduzir a carga horária antes de outubro de 2016.
“Segundo o governador, um grupo com cinco pessoas do Sindate e seis do GDF será construído com o intuito de estudar a legislação e nos ajudar de uma forma mais rápida”, disse.
Além da redução da carga horária, a categoria também pede o pagamento da gratificação de atividades administrativas, que corresponde a 5% do piso salarial, a mudança na nomenclatura dos cargos de auxiliar para técnico e a não privatização dos serviços.
“Quem passou em um concurso público antes de 2007, mesmo sendo técnico em enfermagem, é chamado de auxiliar. Queremos mudar isso. Além disso, pedimos a redução da carga horária, porque o trabalhador precisa de mais tempo para se especializar e também descansar, ficar menos estressado”, disse o presidente do Sindate.
O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem informou que, dos 14 mil servidores, 70% estão paralisados. Serviços como vacinas, preparação do paciente para exames e cirurgias e marcação de consultadas estão suspensos.
A técnica em enfermagem Lia Cordeiro, de 48 anos, se vestiu de palhaça para protestar contra o governo Rollemberg. Segundo ela, o governador não acata os pedidos dos servidores e nem da população.
“Precisamos chamar a atenção do governo, vamos ficar acampados até quando nossos direitos forem cumpridos. Um técnico em enfermagem, por exemplo, atende 25 pacientes na rede pública. Falta de tudo, até remedios simples, como Dipirona”, afirmou.
A categoria se reúne novamente na quinta-feira (5) em frente ao prédio da Secretaria de Saúde para avaliar os rumos da paralisação.