Os representantes das associações de PMs e bombeiros reagiram à ação do MPDFT contra a operação tartaruga e a determinação da Justiça para que os servidores retornem imediatamente ao trabalho. Na página oficial da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspra), os dirigentes escreveram que não recuarão frente às determinações do GDF e, em tom de deboche, ignoraram a determinação judicial.
Na nota, a Aspra desferiu ataques ao governador Agnelo Queiroz e anunciou que “não vai marcar nenhuma reunião com a Dra. Eunice Carvalhido para, de joelhos, pedir perdão à procuradora-geral de Justiça do Distrito Federal. Até porque o chefe de cada promotor é a Constituição e não Carvalhido”.
O sargento Manoel Sansão, vice-presidente da Aspra, garantiu ao Correio que a operação tartaruga continua. “Até agora, não fomos notificados de nada, mas vamos recorrer da decisão quando formos citados”, afirma. Ele criticou as medidas do governo para garantir o policiamento nas ruas. “Quem está sofrendo são os policiais e os bombeiros. Acho que não é colocando oficial na rua que vai resolver problema do salário de quem está insatisfeito”, declarou.
Por meio de nota, o presidente da Associação dos Oficiais da Reserva Remunerada e Reformados da PM e dos Bombeiros (Assor), Mauro Bambrila, disse que “nenhuma das associações representativas apoia, pregou, prega ou pregará qualquer operação que venha a prejudicar o atendimento à população”. A Associação dos Oficiais da PMDF (Asof) também esclareceu, em página na internet, “que não apoia nenhuma ação que venha a atrapalhar ou retardar o trabalho da Polícia Militar junto à sociedade” e que prioriza a legalidade de todos os seus atos.
A assessoria de Comunicação da PM informou que o primeiro dia de operação para reduzir a criminalidade no DF teve um balanço de 41 ocorrências atendidas. No total, 227 pessoas e 71 veículos foram abordados. Além disso, houve a apreensão de uma arma de fogo e três prisões. Segundo a capitã Rosineide Santos, o patrulhamento foi reforçado em todo o DF. Ela não soube dizer quantos oficiais estão nas ruas.