Grupo também protesta contra governo Temer e terceirização. Manifestação fechou Esplanada no sentido Congresso entre 17h e 18h, complicando trânsito.
Manifestantes bloquearam o Eixo Monumental, em Brasília, no sentido rodoviária-Congresso por volta das 17h desta sexta-feira (31). O grupo protestou contra a reforma da Previdência, a mudança nas regras trabalhistas e o governo Michel Temer. O protesto foi encerrado pouco após as 20h.
A via foi liberada às 18h15, mas o trânsito continuou complicado na região. Naquele horário, a Secretaria de Segurança Pública calculava a presença de 600 pessoas no local, e os organizadores, de 5 mil pessoas.
O bloqueio causou engarrafamento em várias vias da região central. Por volta das 18h, pontos de lentidão eram registrados na via N2 – que passa pelos anexos dos ministérios, em sentido contrário –, no Eixão e na plataforma superior da rodoviária do Plano Piloto.
Por causa do ato, o Detran bloqueou o trânsito a uns 500 metros de distância da concentração do grupo, na plataforma inferior da rodoviária. Com isso, motoristas que desciam o Eixo Monumental rumo à Esplanada eram obrigados a desviar para o Eixão Sul, onde também havia congestionamento.
Na Rodoviária
Por volta das 18h10, os manifestantes começaram a marchar de volta para o terminal rodoviário. Além de pedirem a saída do presidente Michel Temer, os ativistas gritavam palavras de ordem contra as reformas em tramitação no Congresso. “A nossa luta unificou. É estudante, professor, trabalhador”, diziam, em coro.
Na rodoviária, o grupo ocupou a área central da plataforma inferior, onde estacionam os veículos biarticulados do BRT. O Detran interditou as catracas de acesso ao transporte, e outros ônibus também ficaram bloqueados. Até as 18h30, a Polícia Militar ainda tentava negociar a saída dos manifestantes do local.
Sem conseguir acessar o vão central da rodoviária, os ônibus faziam desvios e tentavam embarcar passageiros em outras áreas do terminal. Perdidos, os usuários relataram que não sabiam onde aguardar o embarque.
Raimunda Seixas, de 54 anos, tentava seguir viagem para Ceilândia por volta das 18h40 e disse que, àquela altura, já contava com algum atraso. “Mas tem que protestar mesmo. Essa reforma é um absurdo. Não dá para o trabalhador morrer sem aposentar”.