A Autoridade alemã de Supervisão do Transporte Aéreo (LBA), que emite os brevês de voo aos pilotos, declarou neste domingo (5) que não havia sido informada sobre a depressão do copiloto Andreas Lubitz, suspeito de ter causado o acidente com o Airbus da Germanwings nos Alpes franceses.
Um porta-voz da LBA disse à agência de notícias AFP que a Lufthansa, proprietária da Germanwings, não lhes enviou “nenhuma informação sobre o histórico médico” de Andreas Lubitz.
Os médicos da Lufthansa, que examinaram Lubitz, não alertaram as autoridades sobre a “fase de depressão grave”, ressaltou o porta-voz, confirmando informações fornecidas pelo jornal alemão Welt am Sonntag.
A LBA só teve acesso ao dossiê médico de Andreas Lubitz em 27 de março, três dias após o acidente, acrescentou.
De acordo com Welt am Sonntag, Andreas Lubitz foi examinado pelo menos seis vezes por médicos da Lufthansa a partir de 2009.
Foi durante este ano que Andreas Lubitz informou a escola de pilotagem da empresa, quando ele retomou a sua formação após uma longa ausência médica, ter passado por uma “depressão grave”, reconheceu a companhia aérea na semana passada.
Um único exame psicológico foi realizado em 2009, e nenhum outro depois, afirma o jornal.
A Lufthansa não quis comentar essas informações, em razão da investigação em curso sobre as circunstâncias do acidente.
A Promotoria de Düsseldorf havia dito na semana passada que Lubitz “fez tratamento psicoterápico para tendências suicidas alguns anos” antes de obter sua licença de piloto.