O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou nesta sexta-feira (10/6) que as “forças” que estiveram por trás da trágica invasão do Capitólio em 2021 continuam sendo uma ameaça para a democracia dos Estados Unidos.
“É importante que o povo americano entenda o que realmente aconteceu e que entenda que as mesmas forças que levaram [à insurreição no Capitólio] em 6 de janeiro continuam ativas hoje”, disse, durante discurso em Los Angeles, onde se realiza a Cúpula das Américas.
Os comentários do presidente chegam depois de uma audiência explosiva que se desenvolveu na quinta-feira no Congresso, na qual a comissão que investiga o ocorrido em 2021 acusou o ex-presidente republicano, Donald Trump, de uma “tentativa de golpe” que provocou uma violenta invasão ao Capitólio, a sede do Poder Legislativo dos EUA.
“A insurreição de 6 de janeiro é um dos capítulos mais escuros na história de nossa nação. Um ataque brutal à nossa democracia, um ataque brutal às forças da ordem, com algumas pessoas perdendo a vida”, disse Biden.
A invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 por milhares de partidários de Trump, quando o Congresso certificava a vitória eleitoral de Joe Biden no pleito de 2020, terminou com cinco mortos, entre eles um policial.
Biden pediu aos americanos que “protejam” a democracia, argumentando que a batalha pela essência da nação norte-americana ainda estava “longe de ser vencida”.
A comissão especial da Câmara para abordar a insurreição está realizando um mês de audiências para apresentar as conclusões iniciais de uma investigação de um ano sobre os distúrbios.
Os legisladores que integram o colegiado proporcionarão depoimentos gravados em vídeo de militantes de Trump e de membros da família do magnata republicano que, segundo eles, revelam uma trama profunda e contínua orquestrada pelo ex-presidente para derrubar o resultado da eleição de Biden.
“Podemos nos unir e defender esta nação, democrata e republicana, não permitir que ninguém coloque […] uma faca no pescoço de nossa democracia”, enfatizou Biden.
Fonte: Correio Braziliense