Empresas financiadas por Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson prometem desde transporte de cargas pesadas a turismo no espaço
São Paulo – Em 2018, a nova era da corrida espacial fez avanços importantes, liderados por empresas privadas financiadas por empreendedores bilionários. Quem mais faz barulho é a SpaceX, do empresário sul-africano Elon Musk,também proprietário da montadora de veículos elétricos Tesla.
A SpaceX assegurou um investimento de US$ 500 milhões para construir uma rede de satélites para fornecer banda larga para todo o planeta .Em fevereiro deste ano, a companhia completou com sucesso o voo do foguete Falcon Heavy. Construído para transportar cargas pesadas, ele tem capacidade para 70 toneladas. O foguete levou um carro da Tesla ao espaço. O plano de Musk é colonizar Marte até 2022. Em uma entrevista recente, o empresário disse que há 70% de chance de que ele mesmo vá até ao planeta, apesar dos enormes riscos envolvidos na viagem.
Turismo
Ao contrário de Musk, Richard Branson, fundador da Virgin Galactic, tem planos mais modestos. Parte do grupo Virgin, a companhia quer promover o turismo espacial. Fundada em 2004, a companhia conseguiu chegar ao espaço pela primeira vez apenas no último dia 13, com um voo da espaçonave VSS Unity. Ela atingiu altitude de 83 km em relação à superfície da Terra. O sucesso do teste ajuda a apagar o acidente de 2014 com o modelo VSS Enterprise, que matou o copiloto Michael Alsbury e feriu seriamente o piloto Peter Siebold.Terceiro grande nome do setor, a Blue Origin também já está em fase de testes.
A companhia que pertence a Jeff Bezos, dono da Amazon e de uma fortuna estimada em US$ 138 bilhões, realizou com sucesso o nono voo de teste de seus foguetes, o terceiro do modelo New Shepard 3. A companhia também mira o transporte de cargas e de pessoas até o espaço – em um dos voos de 2018, a empresa transportou carga para a Nasa, agência espacial americana. A Blue Origin quer ir à Lua em 2023. Em relação ao turismo espacial, Bezos estima que a passagem para o voo deverá custar entre US$ 200 mil e US$ 300 mil. Os primeiros voos de turismo ainda não têm data.