Notificação foi enviada a 1,3 mil estudantes, que tiveram benefício suspenso. Quem usar passe livre de forma irregular responderá processo administrativo.
O sistema de biometria facial, em fase de testes desde maio deste ano, identificou 2 mil fraudes em uso indevido do Passe Livre Estudantil no Distrito Federal. Os equipamentos que fotografam os estudantes que utilizam o benefício estão instalados em dez ônibus da linha 110, que faz o trajeto da Rodoviária do Plano Piloto até a Universidade de Brasília (UnB).
Para a Secretaria de Mobilidade, o número é expressivo, já que a fraude foi identificada em “apenas dez ônibus”, sendo que a frota do DF possui 2,7 mil veículos. De acordo com a pasta, 1,3 mil estudantes já foram notificados e tiveram o benefício suspenso.
Os cartões são bloqueados dez dias após a notificação enviada pelo DFTrans. A partir do aviso, os estudantes precisam procurar o órgão para dar explicações e se defender. O DFTrans abrirá ainda um processo administrativo contra quem usar o passe livre de forma ilícita e ainda será registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil.
O número de irregularidades representa 11% do total de cadastros no passe livre: 17.574 estudantes. De acordo com a secretaria, 95 mil cartões usados irregularmente foram bloqueados desde o ano passado.
Estudantes que atenderem aos requisitos poderão solicitar o benefício novamente após seis meses – período que os cadastros ficam bloqueados, de acordo com a legislação.
A previsão da Secretaria de Mobilidade é que outros aparelhos de biometria sejam instalados nos ônibus do DF para ampliar a tecnologia ao longo deste ano. O equipamento é instalado acima do validador de cartões (veja foto acima).
A imagem produzida é encaminhada, por meio de um software, que compara com a foto do cadastro do estudante no DFTrans. Se identificada alguma irregularidade, os técnicos da autarquia tomam as providências necessárias, de notificação e suspensão do benefício.