Brasília – O presidente Jair Bolsonaro declarou na noite desta quarta-feira (22), que as alterações feitas mais cedo no decreto que facilita o porte de armas no País foram “pequenas” e que, “na alma”, o decreto continua o mesmo. Publicado no início do mês, o texto passou por contestações na Justiça e no Congresso antes de ser modificado.
“Fizemos pequenas alterações, mas no mérito, na alma, o decreto continua o mesmo”, disse Bolsonaro, mencionando a mudança que impôs idade mínima de 14 anos para a prática de tiro esportivo, com a autorização de ambos os responsáveis, ou por apenas um deles na falta de um dos pais. Antes, o esporte estava liberado para menores de 18 anos, com necessidade de autorização de apenas um dos responsáveis. A declaração foi dada à imprensa durante evento de comemoração do aniversário de Israel realizado na embaixada do país no Brasil.
Bolsonaro falou ainda sobre as manifestações pró-governo programadas para acontecer neste domingo (26) pelo País, as quais o presidente definiu como um “movimento espontâneo”. Perguntado sobre a orientação que deu a seus ministros para que não marcassem presença nos atos, Bolsonaro respondeu que “todo mundo é maior de idade e sabe o que faz”. “É um movimento espontâneo, eu respeito a soberania popular, essa pauta não tem nada de anormal, é um direito da população de se manifestar”, completou o presidente.
Parceria
Durante o discurso no evento, Bolsonaro destacou acordos e parcerias realizados com Israel durante a visita que fez ao país em março, e afirmou que o Brasil tem muito a aprender e também a oferecer ao Estado israelense.
“E além dos acordos, firmamos parcerias para que com a tecnologia deles, em um primeiro momento, com as nossas riquezas minerais e no tocante também à biodiversidade, possamos desenvolver tudo isso para o bem dos nossos povos”, disse Bolsonaro em discurso no evento.
Durante a viagem, Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu assinaram cinco acordos de cooperação nas áreas de defesa, serviços aéreos, prevenção e combate ao crime organizado, ciência e tecnologia e um memorando de entendimento sobre segurança cibernética. Foi também durante a visita que o chefe do Executivo brasileiro anunciou a criação de um escritório de negócios em Jerusalém. Lá, o premiê israelense afirmou que a criação era um primeiro passo para que a embaixada brasileira chegasse a Jerusalém, o que foi uma promessa de campanha de Bolsonaro.