Informalmente, o plano é conhecido como “laçar um asteroide”. A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) quer lançar uma espaçonave não tripulada em 2018 para capturar um pequeno asteroide – talvez de seis a nove metros de diâmetro -, trazê-lo às proximidades da Terra e depois enviar astronautas para examiná-lo em 2021, ou posteriormente.
Porém, a Agência Espacial encontrou um problema técnico teimoso: os republicanos no Congresso.
Normalmente, existe apoio (ou desaprovação) bipartidária no Congresso aos planos arrojados da Nasa, principalmente quando envolvem voo espacial humano. Quando ocorrem brigas, elas costumam acontecer entre legisladores de Estados com maior presença da Agência, como Flórida e Texas, e aqueles com menos interesses.
Este mês, no entanto, o comitê científico da Câmara dos Deputados controlado pelos republicanos, decidiu proibir a Nasa de correr atrás dessa rocha distante. Em uma pura votação partidária – 22 republicanos a favor, 17 democratas contra –, o comitê definiu o programa da agência para os próximos três anos e excluiu a captura do asteroide, peça fundamental dos planos do governo Obama para a exploração espacial. O plano, por sua vez, incluía novas ordens de marcha, mandando a Nasa enviar astronautas para a Lua, estabelecer uma base por lá e depois ir a Marte, fazendo isso com menos dinheiro do que o pedido.
A missão do asteroide “é uma distração cara e complexa”, segundo as palavras de um crítico republicano, o deputado Steven Palazzo, do Mississippi. Outros legisladores reclamaram que o projeto parecia forçado e mal articulado, sem fazer avançar os direitos de contar vantagem no espaço, como seria no caso de um regresso à Lua. O projeto de lei agora será votado pela Câmara.
A Nasa e seus cientistas espaciais estão tentando decidir o que fazer.