Outras três mulheres já recusaram o cargo
A atriz Bruna Lombardi ampliou a lista de mulheres que se recusaram a dirigir a Secretaria Nacional de Cultura na gestão do presidente interino Michel Temer. Ela havia sido sondada para ocupar o cargo que deve ser criado pelo chefe do executivo depois das críticas à extinção ao Ministério da Cultura e da falta de representantes femininas no governo.
“Fiquei agradecida pelo convite, mas não tenho pretensões políticas e estou totalmente envolvida com meus projetos profissionais”, ela afirmou, de acordo com reportagem da Folha de São Paulo. Segundo o jornal, a sugestão do nome dela teria sido fruto de uma articulação feita pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), aliada do governo. Outras três mulheres haviam rechaçado dirigir o órgão.
A antropóloga cearense Cláudia Leitão foi sondada para assumir a nova Secretaria Nacional da Cultura e recusou a proposta. “Respondi com um sonoro ‘não’! Espero que nenhuma mulher aceite esse convite e dessa forma não contribua para a transfiguração do MinC num apêndice do MEC”, escreveu, em publicação no Facebook. Cláudia foi secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC) até agosto de 2013. “Continuemos a nossa luta. Mobilizemos o país! Não à extinção do Ministério da Cultura! Viva a cultura como eixo estratégico para o desenvolvimento brasileiro!”, enfatizou a antropóloga.
A apresentadora Marília Gabriela também teria sido sondada para o cargo e recusado convite. Eiane Costa, coordenadora do curso de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explicou nas redes sociais porque negou o convite.
“Acabo de ser sondada para a tal Secretaria de Cultura que pretende substituir o Ministério da Cultura. Como a sondagem foi feita por pessoa do meio cultural por quem eu tenho respeito, não pude me aprofundar na resposta. Disse apenas que não trabalho pra governo golpista. Nem serei coveira do MinC. Já se viu isso? Depois dessa só me falta agora ser convidada pra ser comentarista de política da Globonews #FicaMinc”, escreveu.