A saída da presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão (PDT), da base do governo não tem sido levada a sério pelo Palácio do Buriti. Até hoje, não foi atendido o pedido dela de exoneração do administrador regional de Sobradinho II, Estevão Reis, e dos servidores indicados. Dizem até que o secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, teria rasgado o ofício que formalizava o pedido.
Celina diz desconhecer que o papel tenha sido rasgado. “A não ser que ele tenha feito isso lá no Palácio”, disse, observando que a “cidade está cheia de fofocas”. O fato é que até agora as exonerações não foram feitas. E nem devem ser. O próprio Dantas já disse isso. “Não é o momento de exoneração. Não faz sentido falar nisso agora”, disse.
Ontem à noite, os deputados do partido se reuniram e hoje devem se encontrar com o governador Rodrigo Rollemberg. Celina disse que ainda não sabe se estará presente.
Pedetistas afirmam que, com a saída de Celina, o partido ganhará mais voz no governo de Rodrigo Rollemberg. “Não me refiro a cargos, mas a espaço mesmo”, arriscou um deles.
À moda Blatter
Há quem compare a saída de Celina com a renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, menos de uma semana depois de ser eleito para o quinto mandato. A entidade já disse que o efetivo desligamento dele se dará somente com uma nova eleição, que deve ocorrer entre dezembro e março. Na prática, ele permanece na presidência até lá.
Jornal de Brasília