Em uma noite de autógrafos esvaziada, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot lançou nesta segunda-feira (7), em São Paulo, o livro “Nada Menos que Tudo”. Esta foi a primeira aparição pública de Janot após ele ter revelado que teve a intenção de matar a tiros o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
O ex-PGR se negou a responder perguntas da imprensa e se limitou a dizer que aquele era o “dia do Livro”, “da palavra escrita”.
O número de jornalistas no local era maior do que o de pessoas que estavam na fila para receber o autógrafo. Dos 550 exemplares colocados a venda, apenas 43 foram comprados.
Em menos de meia hora já não havia ninguém na fila e, aos poucos, mais algumas pessoas foram chegando. Nenhuma autoridade esteve presente no lançamento.
O livro conta os bastidores do período em que Rodrigo Janot esteve à frente da Procuradoria-Geral da República, inclusive o episódio envolvendo o ministro Gilmar Mendes. Ao chegar na sessão de lançamento, Janot foi perguntado sobre uma inconsistência de datas.
O ex-PGR disse que quis matar o ministro do Supremo no dia 11 de maio, mas, de acordo com o diário eletrônico do Ministério Público Federal, ele teve compromissos em Belo Horizonte entre os dias 10 e 12 de maio.
Um dia depois de revelar o episódio à imprensa, Janot foi alvo de busca e apreensão, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Janot também deve manter pelo menos 200 metros de distância de ministros da Corte.
Nesta terça-feira (8), Janot participa de uma sessão de autógrafos do livro em Brasília.