Estudo do Ministério da Saúde apontou aumento de 24% no número de praticantes de exercícios nos últimos 11 anos
O Brasil é o país do futebol? Não é o que diz a mais recente pesquisa de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017, elaborada pelo Ministério da Saúde. O levantamento divulgado nesta semana mostrou um aumento de 24,1% no número de praticantes de atividades físicas nas capitais brasileiras, entre 2006 e 2017.
A prática de corrida/caminhada foi a que mais cresceu (194%), enquanto o futebol caiu quase pela metade (43,5%). No mesmo período, o estudo revela uma maior procura pelas modalidades de luta, incluindo artes marciais, como o judô, o karatê e o kung fu. Nesse caso, o crescimento foi 109%.
De acordo com a pasta, a caminhada é o exercício físico mais comum, sendo praticado por 33,6% da população. Na sequência, aparecem a musculação (17,7%), o futebol (11,7%) e as lutas e artes marciais (2,3%).
Além disso, estima-se que 37% da população das capitais brasileiras façam, ao menos, 150 minutos de atividade física por semana, mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Fragmentada nos sete dias da semana, a duração é de, aproximadamente, 22 minutos diários.
No Vigitel, o nível de atividade física dos adultos pode ser avaliado em quatro domínios: no tempo livre (lazer), na atividade ocupacional, no deslocamento e no âmbito das atividades domésticas. São considerados ativos os adultos que praticam atividades físicas por pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana ou pelo menos 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa.
Caminhada, caminhada em esteira, musculação, hidroginástica, ginástica em geral, natação, artes marciais e luta, ciclismo e voleibol/futevôlei e dança foram classificados como práticas de intensidade moderada. Já corrida, corrida em esteira, ginástica aeróbica, futebol/futsal, basquetebol e tênis compõem o grupo de práticas de intensidade vigorosa.
Perfil
Os pesquisadores destacam ainda uma predominância do hábito entre homens (43,4%) e pessoas nas faixas etárias de 18 a 24 anos (49,1%) e 25 a 34 anos (44,2%). Outra relação evidenciada pelo ministério é o grau de escolaridade dos desportistas, considerando que 47% dos brasileiros que praticam atividade física já têm completos 12 anos ou mais de educação formal.
As capitais brasileiras onde menos se pratica atividade física, conforme a pesquisa, são São Paulo (29,9%), João Pessoa (34,45) e Recife (35,2%). Brasília – considerada na pesquisa como Distrito Federal, por englobar as cidades vizinhas – (49,6%), Palmas (45,9%) e Macapá (45,5%), por outro lado, apresentam os melhores índices. Fonte: Portal Veja