Até a 11ª semana de 2017, foram diagnosticadas 552 pessoas com dengue, 39 com chikungunya e 22 com zika. Ninguém morreu em decorrência das doenças transmitidas pelo Aedes.
Um levantamento da Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgado nesta quarta-feira (15) mostra que as primeiras 11 semanas de 2017 apresentaram queda de 94% no número de casos confirmados de dengue. Os de chikungunya caíram 79% e de zika, 88%. Nenhuma pessoa morreu. Em 2016, foram nove casos de morte em função de alguma das doenças.
Ao todo neste ano, foram notificados 875 casos suspeitos de pessoas contaminadas com dengue, contra 12.154 em 2016. Desse total, 37% (323 casos) foram descartados, totalizando 552 casos confirmados. No mesmo período de 2016, o sistema de saúde do DF registrou 9.937 casos confirmados de dengue na região.
As regiões do Gama (54), São Sebastião (53) e Planaltina (47) são as que mais concentraram os casos. Regiões como Lago Norte, Sudoeste, Fercal, Octogonal e SIA não registraram contaminação. Apenas uma pessoa foi diagnosticada com gravidade, contra 15 em 2016.
Em 2017, a febre chikungunya foi identificada em 39 pessoas. Em 2016 foram 183 casos. As regiões que registraram a doença foram, Taguantinga (5), Santa Maria (4) e Samambaia (3), Ceilândia (2), Lago Norte (2), Paranoá (2), Gama (2), Asa Norte (1), Guará (1), Itapoã (1), São Sebastião (1), Sobradinho I (1) e Vicente Pires (1).
Já o vírus da zika, infectou 22 pessoas no DF, contra 185 em 2016. Apenas 11 regiões registraram a doença, Vicente Pires (3), Samambaia (2), Santa Maria (2), Guará (2), Gama (1), Águas Claras (1), Asa Sul (1), Lago Sul (1), Paranoá (1), São Sebastião (1) e Taguatinga (1). Apenas uma gestante foi registrada com estágio agudo da doença.
Aedes
Tanto a dengue, quanta a zika e a febre chikungunya são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da febre amarela e do mayaro. Considerada uma das espécies mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o mosquito – que tem nome significando “odioso do Egito” – é combatido no país desde o início do século passado.
No Brasil, ele chegou a ser erradicado duas vezes no século passado. Na década de 1950, o epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz comandou uma campanha intensa contra ele no combate à febre amarela. Em 1958, a Organização Mundial da Saúde declarou o país livre do Aedes aegypti.