Chefe da Educação nega ter mandado imagem; caso é investigado. Outro membro do 1º escalão enviou nudes ao mesmo grupo em outubro.
O celular do secretário de Educação, Júlio Gregório, foi usado para enviar fotos de sexo a um grupo de WhatsApp que reúne o primeiro escalão do Distrito Federal, incluindo o governador, Rodrigo Rollemberg, e a primeira-dama, Márcia Rollemberg. O incidente aconteceu na madrugada desta terça-feira (24). Não é possível identificar as pessoas que aparecem na imagem.
Por telefone, a assessoria de Gregório negou que ele tenha sido o responsável pelo envio e disse que investiga o que pode ter provocado o incidente. O secretário afirmou que não pretende falar a respeito. O Palácio do Buriti também disse que não vai comentar o assunto.
O grupo foi excluído após o episódio. No final do mês de outubro, houve outro incidente: o celular pessoal do secretário de Justiça, João Carlos Souto, também foi utilizado para mandar fotos sensuais. O grupo reúne ainda o vice-governador, Renato Santana, presidentes das empresas públicas e os chefes das outras 15 pastas do Executivo local.
Souto, que é casado e tem filhos, afirmou não conhecer a mulher. Ele disse ainda que preferia não dizer quem enviou as imagens, para não expor outras pessoas.
“É um erro meu em ter deixado meu celular, em ter cedido”, declarou. “É uma situação desagradável, não fui em quem enviou. É lamentável, é constrangedor. Foi um mal-entendido.”
O secretário, que é procurador da Fazenda Nacional, declarou que estava em casa quando foi alertado por um colega a respeito das imagens. O Palácio do Buriti também não quis comentar o assunto.
Decreto sobre celulares
Em decreto publicado poucos dias após o incidente com o secretário de Justila, o governador Rodrigo Rollemberg estabeleceu normas para uso de celulares por secretários e chefes de empresas públicas do DF, determinando que “os serviços de telefonia móvel e internet móvel têm caráter personalíssimo e intransferível”.
De acordo com o decreto, o celular só pode ser emprestado quando o titular estiver afastado do cargo e houver um “substituto devidamente designado”. Secretários, administradores e dirigentes de empresas e autarquias têm cota mensal de R$ 350; adjuntos, R$ 200.