Cerca de 80% dos atendimentos em emergência nos hospitais e prontos-socorros deveriam ser realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), aponta a diretoria de Assistência às Urgências e Emergências, da Secretaria da Saúde.
As unidades foram criadas com a finalidade de atender pacientes que não têm risco de morte, mas que precisam de atendimento para quadros agudos, como febre, dor de cabeça, dor de garganta, adultos ou crianças, desde que os sintomas tenham aparecido nas últimas 48 horas.
“A recomendação é o primeiro atendimento na UPA, para verificar se é grave ou não. Sem gravidade, o atendimento é realizado na unidade e, com gravidade, é feito o primeiro atendimento para estabilização do quadro e depois o encaminhamento seguro”, orientou a diretora de Assistência às Urgências e Emergências, Marinice Cabral Moraes.
O mestre de obras Jairo Lopes da Silva levou o filho, Saul, de 11 anos, que estava com muita tosse, à UPA do Recanto das Emas – “Fizeram um raio-X e constataram que não era bronquite, mas que ele tinha um pouco de secreção. O Saul foi medicado e o atendimento, muito bom”, afirmou.
A estudante Amanda Camilla Araújo procurou a UPA de Samambaia depois de sofrer uma reação alérgica – “Foi mais rápido do que se eu tivesse ido ao hospital”, afirmou, após ser medicada.
Atualmente, o DF conta com UPAs no Núcleo Bandeirante, São Sebastião, Recanto das Emas e Samambaia e há a previsão de entrega de mais duas unidades, uma em Ceilândia e outra em Sobradinho, até dezembro.
Possuem equipamentos para radiografia, exames emergenciais e a escala prevê a presença de quatro médicos por turno.
“Quando surge um caso cirúrgico, por exemplo, damos o primeiro atendimento, estabilizamos o paciente e providenciamos a remoção para um hospital da rede”, explicou o coordenador da UPA do Núcleo Bandeirante, Fabiano Antunes Miquelante.
O atendimento geral obedece a priorização dos casos por meio da Classificação de Risco: “Os casos de maior gravidade são atendidos primeiro”, reforçou o coordenador.