Após comprar o Chelsea, o empresário americano Todd Boehly começou a fazer reformulações no corpo diretivo do clube. Em nota divulgada nesta quarta-feira, a nova gestão comunicou o desligamento da diretora Marina Granovskaia, muitas vezes chamada de “a mulher mais poderosa do futebol” pela imprensa internacional. O cargo dela será assumido interinamente pelo próprio Boehly, que acumulará também a função de presidente.
A russo-canadense Granovskaia era o nome mais forte do futebol do Chelsea desde 2013, mas já tinha atuação relevante nos bastidores antes disso, pois era assistente pessoal de Roman Abramovich, ex-dono do clube, e atuava em diversas empresas dele. Desde que assumiu o cargo fixo no time londrino, foi responsável por transações como um acordo milionário com a Nike e a venda de Eden Hazard ao Real Madrid, por 100 milhões euros.
Além disso, a diretora conduziu inúmeras negociações de contratações de jogadores. Foi na gestão dela que o clube fez 11 de suas maiores vendas e dez de suas maiores compras da história. Apesar da relevância de Granovskaia internamente, o desligamento já era esperado, uma vez que ela tem a história fortemente vinculada a Abramovich, que precisou vender o clube porque é alvo de sanções desde o início da guerra na Ucrânia, por sua relação com Vladimir Putin.
Abramovich investiu seus milhões de dólares nas transações de atletas, mas Granovskaia era o cérebro dos negócios, isso na compra e na venda dos jogadores. Em 2018, a revista Forbes a classificou como número 5 em sua lista de “mulheres mais poderosas nos esportes internacionais”. No comunicado, o Chelsea afirmou que Granovskaia “continuará disponível a Boehly e ao clube no tempo de duração da atual janela de transferências, com o intuito de orientar e ajudar na transição”.
O clube londrino foi vendido no mês passado por 2,5 milhões de libras, cerca de R$ 6,28 milhões, o preço mais alto já desembolsado para comprar um time. O consórcio é liderado por Todd Boehly, sócio dos Los Angeles Dodgers. A compra encerrou a era de 19 anos do comando de Abramovich.
Por Correio Braziliense