Cantoras se apresentam em Brasília neste sábado. Em entrevista ao , dupla também revelou sonho de cantar com o rei Roberto Carlos.
Com os últimos dois CDs lançados, a dupla baiana Simone e Simaria consagrou uma série de hits no mundo do “feminejo”. O sucesso é marcado pelas letras que falam da “sofrência” feminina e rebatem o imaginário masculino, que dominou o ritmo por décadas. Conhecidas como “As coleguinhas”, as duas se apresentam em Brasília neste sábado (6) e conversaram com o G1 sobre carreira, feminismo e os próximos passos.
O show deste sábado faz parte da programação do Festival Villa Mix, no estacionamento do estádio Mané Garrincha. A festa começa às 13h e os ingressos variam de R$ 40 a R$ 600 (veja serviço no fim do texto).
Ao G1, as irmãs contaram que as letras geram identificação entre as mulheres porque falam do cotidiano, e que “as mulheres sentiam falta de poder falar e expressar o que pensam através da música.”
“Falo muito sobre o amor, a sofrência. Procuro levantar o astral das mulheres. Elas sofrem com o amor, mas depois passa e fica tudo lindo. O chifre, por exemplo, é bom porque é através dele que você vê que a pessoa que estava ao seu lado não vale nem um real. De qualquer forma a gente não pode deixar de acreditar no amor. Tem muita gente boa no mundo” disse Simaria.
Questionadas sobre a ascensão do feminejo – termo que também faz referência a artistas como Marília Mendonça, Maiara & Maraísa, Naiara Azevedo, entre outras –, as cantoras fazem questão de apontar as referências femininas que também brilharam em décadas passadas.
“As mulheres sempre tiveram seu espaço na música sertaneja. Temos grande nomes como Roberta Miranda, Irmãs Galvão, Paula Fernandes, que sempre fizeram muito sucesso. Mas, hoje em dia, o bom é que temos a força deste movimento. Várias duplas e artistas talentosíssimas juntas. Isso é ótimo. Quanto mais mulheres fizerem sucesso, melhor. Mais espaço vamos conquistando.”
Simone e Simaria começaram no forró e ganharam projeção nacional quando migraram para o sertanejo universitário. Apesar da mudança, elas dizem que adoram “fazer misturas musicais e ‘passear’ entre os ritmos”.
Os sucessos mais recentes das Coleguinhas provam a tese. Em janeiro, a dupla lançou “Loka” com a cantora Anitta. No mês passado, a parceria com Naldo Benny gerou o single “Embaçar o vidro”.
“O público super aprova, é o caso de ‘Loka’, que é um reggaton misturado com sertanejo. Acreditamos que o artista tem que ter essa liberdade de criar e inovar entre os estilos. Isso é maravilhoso e o público é quem sai ganhando”, disse Simone.
Dupla de futuro
Questionadas sobre os próximos passos da dupla, Simone e Simaria aproveitaram para revelar um sonho antigo e tranquilizar os fãs. Segundo elas, as chances de a dupla acabar e se converter em carreiras solo é nula.
“Nosso maior sonho é poder cantar com o rei Roberto Carlos. Somos fãs dele”, afirmam. “Desde pequenas, quando tínhamos 6 aninhos, já formávamos uma dupla sertaneja. Uma completa a outra.”
Os nomes Simone e Simaria são de batismo, mas no início da carreira, elas atendiam pelo “nome artístico” de Pirralha e Pirralhinha. Na época, ainda trabalhavam como backing vocals do forrozeiro Frank Aguiar.
Logo após a saída da banda, Simaria conta que elas precisaram se separar artisticamente, “para conseguirmos sobreviver”. O afastamento durou pouco tempo, segundo ela.
“Simone foi para Fortaleza fazer um teste em uma banda local. Chegando lá, um dos empresários da banda já conhecia o nosso trabalho. Na hora, já mandou emitir a minha passagem para fazermos o teste juntas. Falou que éramos ‘tampa e panela’, que o sucesso era ter as duas juntas. Então, graças a Deus, nunca nos separamos, nem pensamos nisso.”
As irmãs dizem que a expectativa para o show em Brasília, neste sábado, são altas. A última passagem da turnê pela capital federal aconteceu durante o Carnaval, em show no Parque da Cidade.
“Temos um carinho muito grande pelos brasilienses, eles sempre nos receberam com muito carinho e energia contagiante”.
Villa Mix Festival Brasília
Quando: neste sábado (6), a partir das 13hs
Onde: estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha
Preços: de R$ 40 a R$ 600 (meia – 5º lote)
Vendas: on-line pelo site www.ticmix.com.br e pelo aplicativo da R2 Produções