Após reunião com aliados na residência oficial do governo de Santa Catarina, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse na noite desta quarta-feira (28) que vai pautar a reforma política, caso seja eleito presidente da Câmara dos Deputados. Ele se reuniu a portas fechadas com o governador Raimundo Colombo (PSD) e oito deputados federais do estado por quase quatro horas.
“Defendi a reforma política quando fui presidente da Câmara [2007-2009] e não foi muito à frente, mas, agora, os parlamentares entendem que estamos em um outro momento, e, se não fizermos, outros o farão, como o Judiciário, por exemplo, que tem feito pequenas reformas políticas”, declarou Chinaglia, que retornou a Brasília por volta das 23h.
O parlamentar disputará a presidência da Câmara no próximo domingo (1º) contra os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ). Chinaglia destacou a importância do apoio do governador catarinense. “O governador, apesar de não votar, tem uma influência que vai além da própria bancada”, acrescentou.
Raimundo Colombo, no entanto, preferiu não falar com a imprensa. Depois da reunião, o grupo ainda jantou na residência oficial do governador, segundo informou a assessoria de comunicação.
Participaram da reunião os deputados catarinenses João Rodrigues (PSD), Esperidião Amin (PP), Décio Lima (PT), Pedro Uczai (PT), Carmen Zanotto (PPS), João Paulo Kleinubing (PSD), Jorginho Mello (PR) e Cesar Souza (PSD). “Saí com uma ótima impressão e tenho a convicção de que temos a maioria no estado”, afirmou Chinaglia.
Antes de viajar para Santa Catarina, nesta quarta, Chinaglia se reuniu em Brasília com cinco ministros e representantes de oito partidos para pedir apoio na disputa e propor a formação de um bloco. Para convencer os partidos a aderirem à candidatura, o PT chegou a prometer que cederá espaços em comissões e cargos na Mesa Diretora da Câmara.
Uma das bandeiras da campanhas de Arlindo Chinaglia é equiparar o salário dos deputados ao de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o teto do funcionalismo público. O petista também promete construir um novo prédio na Câmara, que seria o Anexo 5, para ampliar gabinetes e criar espaços de liderança partidária.