Cinco pacientes estão isolados no Hospital Regional do Guará (HGRu) e recebendo antibiótico para combater a bactéria multirresistente Klebsiella (KPC). Segundo a Secretaria de Saúde, a situação está sob controle e não há risco de surto.
Em nota, a pasta informou que os pacientes estão colonizados (quando a bactéria ainda não age no organismo) com a KPC. Além do antibiótico e do isolamento, eles são monitorados pelo núcleo de controle de infecção hospitalar. Exames retal e de urina confirmaram a presença da superbactéria neste grupo.
“A Secretaria de Saúde esclarece que as bactérias multirresistentes são micro-organismos comuns no ambiente hospitalar. No Distrito Federal, a situação está totalmente sob controle e não há qualquer risco de surto”, destaca a pasta.
O quadro, porém, preocupa pessoas próximas a esses pacientes. De acordo com os relatos, eles foram isolados, mas a unidade de saúde não teria estrutura para mantê-los distantes para evitar novas contaminações.
Uma cuidadora de idosos contou que um de seus clientes foi infectado. Ele estava internado com pneumonia na mesma ala da enfermaria onde os outros casos foram detectados. “Ouvi da infectologista que é KPC. O acompanhei no isolamento. Temos que usar máscaras, capotes. Mas não há estrutura. Eles só estão isolados por uma cortina”, contou. Ela disse que deixou o emprego com medo de ser vítima do surto. “Tenho uma filha de dois anos, não posso correr esse risco”, justifica.
Em 2015, o Governo do Distrito Federal enfrentou um surto de superbactérias em vários hospitais da rede pública de saúde. A endemia de KPC veio à tona em 28 de maio, data da primeira morte. As infecções foram principalmente por Enterococo, acinetabactor baumanni e KPC.
Quando houver suspeita de que um paciente é portador de KPC ou de outras bactérias multirresistentes a antibióticos, recomenda-se, entre outras providências, uso de avental, luvas e máscara cirúrgica para profissionais de saúde e acompanhantes; exclusividade no uso de equipamentos para exame clínico (tensiômetro, termômetro, estetoscópio etc.), só utilizando-os em outros pacientes após desinfecção e/ou esterilização; e higienização das mãos.