O acompanhamento potencializa a recuperação dos pacientes”, diz o autor da proposta, o distrital Leandro Grass (Rede)
Uma proposta protocolada na Câmara Legislativa permite a presença de acompanhantes de pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTIs). De autoria do deputado Leandro Grass (Rede), a proposta está na Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Casa. Antes de ir para votação no plenário, também passa pelas comissões de Economia, Orçamento e Finanças e de Constituição e Justiça.
O objetivo da proposta é evitar que os pacientes, já em situação de vulnerabilidade, fiquem sozinhos dentro das UTIs de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e maternidades públicas e privadas, além das neonatais.
Há dois anos, o advogado Boni Soares, 35, passou 98 dias dentro de hospitais, sendo 27, em UTIs. “Graças ao choro da minha mãe, ao desespero da minha namorada, ao desencanto do meu pai e ao desalento da minha família, consegui o bom senso do hospital para deixar que um acompanhante estivesse ao meu lado”, conta. Para ele, a presença da família foi fundamental na recuperação.
“Propus o projeto por perceber, a partir de exemplos, que o acompanhamento potencializa a recuperação dos pacientes. É também uma forma de humanizar as UTIs, uma vez que são espaços de dor e sofrimento, não apenas para quem está lá, mas para os familiares dessas pessoas”, defende o distrital.
O PL indica a unidade de saúde como responsável por providenciar as condições adequadas de permanência do acompanhante. Pela proposta, apenas uma pessoa terá autorização para ficar com o paciente, sendo resguardadas três horas por dia, nas quais são realizados os procedimentos de higienização tanto do local como dos pacientes, além dos exames de maiores complexidades.
Fonte Metrópoles