Número se refere a acumulado; entre abril e maio, inflação foi de 0,45%. Comida e saúde ficaram mais caros; queda em combustíveis segurou índice.
O Distrito Federal registrou a menor inflação acumulada entre janeiro e maio, na comparação das 13 capitais que compõem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE. Em cinco meses, os preços subiram 2,65% em média na capital federal. Entre janeiro e maio, a alta foi de 0,45%.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13) pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). A elevação mensal dos preços foi a segunda menor do período, atrás apenas de Goiânia (+0,28), segundo o relatório. O IPCA mede a variação de custos para famílias com renda mensal de até 40 salários mínimos (R$ 35,2 mil).
Entre os setores com maior crescimento inflacionário nos cinco primeiros meses, em relação ao mesmo período do ano pasado, estão “alimentação e bebidas” e “saúde e cuidados pessoais”. Os grupos de gastos subiram 12,22% e 10,88%, respectivamente.
Segundo o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Cruz, o setor de saúde também dominou a alta de abril a maio, com alta de 2,45%. “Nesse mês, o aumento foi causado principalmente por planos de saúde e medicamentos”, diz.
A alta mais discreta na análise mês a mês, de abril a maio, foi registrada nos transportes. O indicador subiu 0,76%, segurado pela queda nos preços dos combustíveis após o desmantelamento do suposto cartel nos postos do DF.
Além do DF, o IPCA é medido em Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Vitória.
INPC
A Codeplan também divulgou nesta segunda a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), baseado nos gastos de famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos (R$ 4,4 mil). O DF também teve o menor acumulado em 2016, na comparação com as outras 12 capitais pesquisadas.
Segundo Cruz, a tendência até o momento permite prever que o Distrito Federal encerre o ano com inflação menos que o ano passado, mas acima da meta do Banco Central para o país, que é de 6,5%. “A gente [Brasília] tem se mantido abaixo da média nacional. A projeção para o fim do ano é de 7,5%”, afirma.