A Secretaria de Saúde confirmou a primeira morte de H1N1 deste ano. A vítima morava no Distrito Federal e tinha 83 anos. Exames laboratoriais realizados no período de internação comprovaram a presença do vírus Influenza A, tipo H1N1. A informação saiu do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado neste mês. A morte aconteceu em 30 de abril, no Hospital Home, na 613 Sul.
Segundo familiares, a idosa apresentou os sintomas da doença seis dias após voltar de uma viagem ao Rio de Janeiro. “Ela começou a ficar resfriada e teve muita febre e tosse seca. Na volta, dentro do avião, ela piorou mais, pois o ar-condicionado estava bastante gelado”, contou uma parente, que não quis se identificar. Em 28 de abril, a paciente precisou de atendimento e foi internada na unidade de terapia intensiva (UTI), onde passou por uma série de avaliações. Um dos exames identificou o vírus H1N1. Ela passou 26 horas na UTI, mas não resistiu. No atestado de óbito, consta como causa da morte síndrome respiratória aguda, sepse pulmonar e leucemia.
O Home informou que, em casos de doenças cujas notificações são compulsórias, a unidade hospitalar encaminha a situação aos órgãos de vigilância, como exige a legislação. “Quando ocorre uma notificação de caso suspeito de Influenza, ou até mesmo um óbito, a equipe da Vigilância Epidemiológica realiza uma contraprova do resultado, por meio de exame laboratorial feito no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal). Somente após o resultado deste exame, o caso é confirmado”, detalhou o hospital da Asa Sul.
Para a familiar da idosa, é preciso que o poder público intensifique a campanha de vacinação. “A primeira coisa é fazer um estudo aprofundado para imunizar os grupos de risco, que são as crianças e os idosos e, talvez, fazer a dosagem da vacina mais de uma vez ao ano”, sugeriu.
Em 13 dias, o número de pessoas que contraíram o vírus H1N1 na capital federal subiu de seis para 11, tendo uma morte. Em 2018, a Secretaria de Saúde contabilizou 30 casos e um óbito. Outro ponto que chama a atenção no mais recente boletim epidemiológico é a quantidade de contaminados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — infecções das vias respiratórias e pulmões. O informativo revela um aumento de 121 casos em 13 dias. Desses, três pacientes não resistiram.
Prevenção
Até 31 de maio, ocorrerá a Campanha Nacional de Vacina contra a Influenza. A iniciativa do Ministério da Saúde pretende imunizar 58,6 milhões de pessoas em todo o país, incluindo gestantes e crianças. O órgão alerta para o cuidado e a intensificação das medidas que evitam a transmissão da gripe e outras doenças respiratórias. Entre as orientações estão: lavar e higienizar frequentemente as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento e após tossir ou espirrar; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar as mucosas dos olhos, do nariz e da boca; manter os ambientes ventilados; adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos; e evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.
Cuide-se
Até 31 de maio ocorrerá a Campanha Nacional de Vacina contra a Influenza. A iniciativa do Ministério da Saúde pretende vacinar 58,6 milhões de pessoas, incluindo gestantes e crianças. O órgão alerta para o cuidado e intensificação das medidas que evitam a transmissão da gripe e outras doenças respiratórias. Confira:
– Lavar e higienizar frequentemente as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento e após tossir ou espirrar.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir o nariz e a boca, quando espirrar ou tossir.
– Evitar tocar mucosas dos olhos, do nariz e da boca.
– Evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Evitar aglomerações e ambientes fechados.
– Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.
– Evitar sair de casa, no período de transmissão da doença. Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
– Atentar para os sinais de agravamento (piora do quadro clínico) como a persistência ou aumento da febre por mais de três dias, aparecimento de dispneia ou taquipneia, confusão mental, desidratação, entre outros.
– Orientar o retorno à unidade de saúde nesses casos.
– Iniciar o uso do antiviral, o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas de início dos sintomas.