O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (21/9), o patamar em vigor é o mesmo desde o início de agosto.
A interrupção da alta dos juros ocorre em um cenário de desaceleração da inflação. Influenciada pelos preços dos combustíveis, devido ao corte de impostos sobre itens essenciais e à redução do preço internacional do petróleo, houve deflação no país pelo segundo mês seguido em agosto.
“O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2023 e, em grau menor, o de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o comunicado.
A taxa básica de juros foi elevada por 12 vezes consecutivas desde março de 2021. No período, a Selic subiu 11,75 pontos percentuais, configurando o maior e mais longo ciclo de alta desde 1999.
Por Correio Braziliense