Patrício informou que teve acesso a mais de duas mil páginas do processo judicial que também investiga a conduta do distrital. O corregedor afirmou achar que houve quebra de decoro parlamentar. Ele disse ainda que a conduta de outras pessoas também está sendo apurada.
“Deputado tem que ser um exemplo para a sociedade”, disse Patrício. “A sociedade quer uma resposta. É a imagem da Câmara que está em jogo.”
O distrital chegou a ter o mandato cassado em julho de 2011 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal por prática de gastos ilícitos de campanha e arrecadação irregular de recursos. No início de 2012, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter o mandato de Massouh.
A ação foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral em razão de irregularidades detectadas no processo de prestação de contas de Massouh. No documento apresentado pelo distrital consta o recebimento de R$ 30.000,00 de uma empresa de veículos criada no ano da eleição – o que é proibido de acordo com a legislação eleitoral.
De acordo com o Ministério Público, o candidato declarou os gastos com combustível e lubrificantes, mas não citou os automóveis. As irregularidades somam R$ 34 mil, o que corresponde a ou 25% dos R$133.845 declarados por Massouh.