O governo aposta em organizações sociais para melhorar o setor, que passou 2015 em caos, com falta de remédios, aparelhos e pessoal. Especialistas afirmam que esse modelo de administração precisa ser muito bem planejado para dar certo
A aposta do Executivo local para frear as dificuldades é a troca do modelo de gestão do sistema de saúde público que será repassado às organizações sociais (OS). A licitação para a mudança na administração deve ocorrer na segunda quinzena de janeiro. O titular, Fábio Gondim, minimiza as críticas. “Para o cidadão, não importa o modelo de administração. Ele quer que funcione. Num segundo momento, que funcione por um preço correto. E o governo deseja que seja com o menor custo. Temos um arcabouço que inviabiliza a administração direta”, defendeu o chefe da pasta, ao ressaltar que é preciso comprar e contratar com mais agilidade. O decreto de situação de emergência na saúde, que acaba em 19 de janeiro, após um ano em vigor, não será renovado.
Orçamento
Gondim elenca três pontos críticos a serem corrigidos no primeiro trimestre: gestão das escalas, estabilização do estoque de insumos e alteração na logística. Além desses, os tratamentos de hemodiálise e a radioterapia devem ser reestruturados. Não está descartada a contratação de empresas para prestar o serviço de exames. “A falta de informação gerencial na administração central é grande e nas pontas (hospitais), é quase 100%. Passamos três meses trabalhando no aperfeiçoamento dos sistemas para parecer que partimos do zero. Um trabalho invisível. O programa que gerava as escalas dos servidores e o que monitorava a frequência não conversavam. Isso mudou. Se o médico está escalado para o Hran (Hospital Regional da Asa Norte) e dá entrada no de HRP (Hospital Regional de Planaltina), o ponto não é registrado”, ressalta.