Pouco depois das 20h30min o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao jantar na mansão do ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), no Lago Sul. No local Lula se encontrou com um grupo de senadores, em sua maioria emedebistas.
O grupo promoveu o encontro para reforçar os argumentos a favor da candidatura Lula, em especial devido aos palanques no Nordeste e em estados em que já há articulação com o PT para as eleições de outubro. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) destacou ao Correio que se trata de “um jantar de cortesia”, sem objetivos de ordem partidária.
“Com relação à candidatura [do MDB], defendo que se nós tivermos peso eleitoral, será ótimo, é tudo o que o partido quer: ter (um) candidato próprio. Mas se não houver mudança na fotografia das pesquisas fica difícil os partidos homologarem esses nomes”, argumentou Calheiros.
O anfitrião da noite, Eunício Oliveira, definiu o encontro de caciques como “uma noite de debates, e não de adesão” e disse acreditar que, de qualquer maneira, a eleição “vai terminar” entre Lula e Bolsonaro. “A democracia permite que você pense diferente, que aja de forma diferente dos outros. Nós não estamos fazendo esse jantar para boicotar, em absoluto, a candidatura da senadora Simone [Tebet]. Não tem nenhuma traição, não tem nada disso”, garantiu.
Entre os senadores convidados para o jantar ainda estavam Giordano (MDB-SP), Flávio Arns (Podemos-PR) e Kátia Abreu (PP-TO), que não puderam comparecer por não estarem em Brasília. O ex-senador Romero Jucá (MDB) também foi convidado, mas não compareceu pois cumpria agenda com ações de pré-campanha em seu estado, Roraima.