Os altos índices de casos notificados de dengue resultaram em 16 mortes somente neste ano, no Distrito Federal. A região com maior número de óbitos é Planaltina, com seis (37%) registros. A cidade também teve 2.076 ocorrências da doença.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde nesta quarta-feira (22). No levantamento da pasta, Samambaia (2) ocupa o segundo lugar no índice de mortes por causa da dengue. Em seguida, aparecem outras oito regiões, cada uma com um óbito:
- Planaltina (6),
- Samambaia (2);
- Brazlândia (1);
- São Sebastião (1);
- Paranoá (1);
- Ceilândia (1);
- Estrutural (1);
- Núcleo Bandeirante (1);
- Águas Claras (1) e
- Guará (1)
Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya — Foto: Pixabay/Divulgação
Na terça (21), o GDF divulgou um novo boletim epidemiológico sobre a dengue na capital. Segundo o governo, até 11 de maio, 19,8 mil notificações da doença foram contabilizadas no DF. O número é 12 vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 1,6 mil casos.
Do total, a Secretaria de Saúde considera que 17,3 mil são “casos prováveis” da doença – transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Epidemia?
Com base nos números apresentados, a reportagem questionou à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a possibilidade dos índices indicarem uma epidemia na região.
Em nota, a agência da ONU não foi precisa sobre a definição, mas afirmou que o número de casos que indicam uma epidemia “varia de acordo com o agente, tamanho e tipo de população exposta”.
O G1 e TV Globo também pediram um posicionamento do Ministério da Saúde. Até a publicação desta publicação, a reportagem aguardava resposta.
Sem fumacê
Mesmo com a disparada de casos no DF, uma das medidas de combate à dengue foi suspensa pelo governo. O carro do “fumacê” – que lança inseticida pelas ruas para combater a proliferação do Aedes aegypti – deixou de circular pelo Distrito Federal na semana passada.
Carro do fumacê da Vigilância Sanitária do DF — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
O serviço foi interrompido por conta de problemas no galpão onde a mistura é preparada, em Taguatinga Norte. O local foi interditado pelo Ministério Público do Trabalho no último dia 14 por uma série de irregularidades.
No galpão onde o fumacê era produzido, inseticidas vencidos eram misturados a venenos ainda dentro da validade, segundo o MPT. Tudo era feito em cima de uma bancada improvisada e os funis eram, na verdade, galões de água cortados. Sujeira e falta de ventilação também integravam o cenário.
Após a divulgação do caso, a Secretaria de Saúde admitiu a interrupção do serviço, mas não deu prazo para a retomada.
Fonte G1