O GDF anunciou o início do trabalho de descontaminação do Lago Paranoá, que foi atingido por óleo desde quinta-feira (17), para esta segunda (21). Segundo o governo, uma empresa ligada à Petrobras será responsável pelo serviço, que deve ser concluído em 20 dias.
Em reunião realizada na manhã de segunda entre o governador em exercício, Tadeu Filipelli, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, e o de Meio Ambiente, Eduardo Brandão, ficou decidido que a empresa fará a limpeza do espelho d’água, na superfície, nas bordas e no fundo do lago, e das galerias.
Os trabalhos de contenção e limpeza no Paranoá tiveram início na semana passada, no dia seguinte ao surgimento da mancha que alcançou três quilômetros.
No domingo (20), o Corpo de Bombeiros informou que o poluente estava contido em uma área de 190 m², próxima à galeria.
O óleo teve origem em uma caldeira do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Houve um vazamento de vapor de água em um equipamento que entrou em contato com restos de óleo impregnados em aparelhos e tubulações. A substância atingiu a galeria de águas pluviais e chegou ao lago na tarde de quarta-feira (16).
Segundo o secretário de Meio Ambiente também nesta segunda Novacap e Caesb começam a construir uma caixa de contenção no Hran para impedir que o problema volte a ocorrer.
O secretário de Saúde afirmou que as caldeiras do Hran serão substituídas. O processo licitatório para a troca do equipamento já foi iniciado, segundo ele. Os aparelhos vão utilizar gás em vez de óleo, para impedir novos acidentes.[
Esta é a segunda vez que óleo saindo do Hran atinge o Lago Paranoá. No ano passado, um vazamento da mesma caldeira causou um acidente no mesmo local. Na época, a secretaria foi multada em R$ 63 mil. O processo corre até hoje na Justiça e o valor não foi pago ainda.
Brandão informou que em casos como este o próprio GDF pode apresentar recursos durante a análise do caso. Pelo acidente da semana passada, a Secretaria de Saúde foi multada em R$ 280 mil.
No sábado (19), a Caesb interditou parte do Lago Paranoá, em Brasília. As embarcações e os banhistas ficaram impedidos de acessar a área perto da galeria de águas pluviais na região do Iate Clube.
Durante a tarde, os órgãos fiscalizadores do DF descartaram o surgimento de uma nova nódoa e atribuíram os novos sinais no lago ao mesmo vazamento que gerou a primeira mancha.