Cerimônia de premiação ocorre nesta segunda (20/7), no Rio de Janeiro, e dois professores de Ceilândia serão homenageados
A cidade do Rio de Janeiro reúne hoje 501 estudantes cheios de habilidade com os números e de paixão pela matemática. São os medalhistas de ouro na 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e serão homenageados às 15h, em cerimônia no Theatro Municipal. Entre eles, há 10 alunos do Distrito Federal — todos do Colégio Militar de Brasília (CMB). Os estudantes daqui conquistaram seis medalhas de ouro no nível 1 (6º e 7º anos do ensino fundamental) e quatro no nível 3 (ensino médio). A competição foi disputada por mais de 18 milhões de estudantes de 46.711 escolas públicas (federais, estaduais e municipais) em 5.533 municípios.
Lucca Duarte Rodrigues e Larissa Cristina Bertanha, 12 anos, são os caçulas entre os condecorados da capital federal. Atualmente alunos do 7º ano, eles estrearam na competição conquistando uma medalha de ouro cada. Apesar do esforço e da intensa rotina de estudos, Larissa afirma que foi surpreendida pela colocação. “Não esperava a medalha de ouro. Meus pais viram meu nome na lista de premiados e me avisaram”, lembra a menina. Apesar da pouca idade, Lucca tem experiência nesse tipo de disputa: ele ganhou quatro medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia, três medalhas e uma menção honrosa na de robótica e uma de ouro em outra competição de matemática.
Vitor Ossamu Rodrigues, 16 anos, antecipou os estudos, concluiu o ensino médio no primeiro semestre deste ano e foi aprovado no vestibular da Universidade de Brasília (UnB) para engenharia elétrica — a mesma área do pai. “Sempre tive mais afinidade com a área de exatas. A rotina de estudos para as olimpíadas foi intensa. Tivemos que aprender conteúdos avançados, que não são passados no colégio. Mas muita coisa eu estudava sozinho, por curiosidade”, afirma o estudante, que soma ao currículo mais duas medalhas de bronze e outra de ouro na Obmep.
Ainda entre os medalhistas veteranos na competição, estão André Luís Alcântara, 18 anos, e Leonardo Gomes Gonçalves, 19. Eles eram alunos do 3º ano do ensino médio quando conquistaram a colocação na Obmep 2014. Para André, a medalha que será recebida no Rio de Janeiro fará parte de uma vasta coleção: ele acumula mais de 20 premiações em competições de matemática, física, astronomia e química. No meio do ano passado, alcançou o primeiro lugar no vestibular da UnB, onde, atualmente, cursa engenharia civil; e ele não pretende parar por aí. “Agora, estou pensando em participar de olimpíadas de conhecimento para universitários”, revela.
Assim como André, Leonardo mantém a rotina de estudos depois de ter terminado a escola. Com mais de 15 medalhas conquistadas em competições escolares, ele está em um cursinho preparatório para buscar uma vaga no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Para aqueles que pretendem disputar a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas no futuro, ele aconselha: “Se achar algo interessante, procure se aprofundar, aprender coisas novas e não somente ficar com o conteúdo da sala de aula”.