Dados do governo apontam que, só em relação a abusos sexuais, houve 560 vítimas femininas entre janeiro e 6 de novembro. Governo prevê capacitar profissionais de saúde e conscientizar mulheres em áreas de vulnerabilidade social, como o Sol Nascente.
O governo do Distrito Federal anunciou nesta sexta-feira (17) adesão à campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) de combate à violência contra a mulher. Dados do governo apontam que, só em relação a abusos sexuais, houve 560 vítimas femininas entre janeiro e 6 de novembro. O levantamento ocorreu a partir de atendimentos em unidades públicas de saúde.
Para reforçar as ações de proteção à mulher, o GDF lançou os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. As atividades incluem capacitação de profissionais de saúde, mobilizações em hospitais e debate com a comunidade.
A proposta é chamar a atenção da sociedade para os fatores que naturalizaram a agressão das mulheres, em especial, por companheiros, pais e parentes próximos. No Brasil, o lançamento oficial da campanha será no dia 20. No restante do mundo, no dia 25.
Chefe do Núcleo de Estudos e Programas na Atenção e Vigilância em Violência, Fernanda Falcomer informou que a violência sexual está entre os casos mais atendidos pela Secretaria de Saúde.
“Registramos violência sexual em todo ciclo de vida e de todos os sexos, então também atendemos meninos e homens [vítimas da violência]”, explicou.
Fernanda disse ainda que, entre as consequências das crianças que sofrem violência sexual, há “resultados graves”. “As crianças podem ter estresse pós-traumático, depressão e outros sofrimentos. Há quadros que precisam de intervenção cirúrgica e internações prolongadas.”
Em 6 de dezembro, os homens serão convocados a se envolver no combate à violência contra mulheres por meio da iniciativa “He For She”. No Brasil, a data também é chamada de Dia do Laço Branco.
No DF, o lema da campanha é Meninas, Mulheres e Respeito. A programação na capital federal estabelece ações de prevenção à violência contra meninas e mulheres, por meio de debates com a população em unidades de saúde. Serão utilizadas salas de espera do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul, e do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde também receberão, nesse período, formação específica para atendimento das vítimas de violência. Dessa forma, segundo o GDF, busca-se mais rapidez e tratamento humanizado nos procedimentos.
Os trabalhos preveem ainda a conscientização com mulheres em regiões de maior vulnerabilidade social, como o Sol Nascente. Isso porque, informou o GDF, Ceilândia concentra os casos de estupro no território.
16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Desde a criação da campanha, em 25 de novembro de 1991, cerca de 160 países já aderiram à mobilização internacional. O Brasil integra essa rede de enfrentamento desde 2003.
O dia foi escolhido como homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 por se posicionarem contrárias ao regime do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.
Rede de proteção à mulher no DF
Casa da Mulher Brasileira
Setor de Grandes Áreas Isoladas – 601 Norte, Plano Piloto
Telefones: (61) 3226-5024 / 3224-3363
Casa de Proteção Maria da Penha
O endereço da Casa Abrigo é mantido em sigilo por motivos de segurança
Centros Especializados de Atendimento às Mulheres
Ceam 102 Sul
Estação de metrô 102 Sul
Telefone: (61) 3223-7264
Ceam Ceilândia
QNM 2 Conjunto F, Lote 1/3, Ceilândia Centro
Telefones: (61) 3373-6668 / 99199-4674
Ceam Casa da Mulher Brasileira
Setor de Grandes Áreas Isoladas – 601 Norte, Plano Piloto
Telefone: (61) 3224-6221
Ceam Planaltina
Jardim Roriz, Área Especial, Entrequadras 1 e 2, Centro
Telefone: (61) 3389-0841
Unidade de Acolhimento para Mulheres (Casa Flor)
QSD, AE 9, Setor D Sul, ao lado do Creas, em Taguatinga Sul
Telefone: (61) 3561-4797
Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Creas Brasília
Setor de Grandes Áreas Sul, Quadra, 614/615 Sul, Lote 108
Telefones: (61) 3346-9332 / 3346-1747/ 3245-8131
Creas Brazlândia
Área Especial nº 1, Lotes K/L
Telefones: (61) 3479-2059 / 3479-4679
Creas Ceilândia
QNM 16, Área Especial Módulo A, Ceilândia Norte
Telefones: (61) 3371-0376 / 3373-2260 / 3373-4539 / 3373- 9854
Creas Estrutural
Área Especial 9, Setor Central, Estrutural
Telefones: (61) 3363-0064/ 3363-0049/ 3465-6295
Creas Gama
Área Especial 11/13, Setor Central
Telefones: (61) 3556-3973/ 3556-1986/ 3384-2395/ 3484-1257
Creas Planaltina
Área Especial H, Lote 06, Setor Central
Telefone: (61) 3389-8996
Creas Samambaia
QN 419, Área Especial 1, Samambaia Norte
Telefone: (61) 98448-0351
Creas Sobradinho
QD 6, Área Especial nº 3, Sobradinho
Telefones: (61) 3387-2241 / 3387-8651
Creas Taguatinga
Área Especial nº 9, Setor D Sul, Taguatinga Sul
Telefones: (61) 3352-9635 / 3563-3842 / 3563-3155 / 3352- 3380 / 3351-8129
Creas Diversidade
Setor de Grandes Áreas Sul, Quadra 614/615 Sul, Lote 108
Telefones: (61) 3224-4898 / 3224-4898
Superando a Violência (antigo Pró-Vítima)
Núcleo Sede
Estação Rodoferroviária, Ala Central, Térreo
Telefones: (61) 2104-1934 / 2104-1967
Núcleo Paranoá
Quadra 5, Conjunto 3, Área Especial D, Parque de Obras
Telefones: (61) 2191-8781 / 2191-8783 / 2191-8784
Núcleo Plano Piloto
Estação de metrô 114 Sul, Subsolo
Telefones: (61) 2104-1191 / 2104-1195
Núcleo Ceilândia
QNN 5/7, Área Especial C
Telefones: (61) 2196-2704 / 2196-2706
Núcleo Guará
Alpendre dos Jovens, Lucio Costa
Telefones: (61) 2104-0280 / 2104-0282
Polícia Civil
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher
Entrequadra 204/205 Sul — Asa Sul
Plantão: (61) 3207-6195 / 98494-9302