Capella tem João Bosco & Vinícius; Ulysses Guimarães recebe ‘Hermanoteu’. Mostra traz 60 obras de 19 países; ‘Pérola’ debate negro no cinema no CCBB.
O fim de semana no Distrito Federal tem a Oficina dos Menestréis revivendo a peça “Dança dos signos”, de Oswaldo Montenegro. Outras atrações são o luau dos Titãs no Iate Clube, os sertanejos Roniel & Rafael e João Bosco & Vinicius no Capella e o festival de música instrumental em Planaltina.
A companhia de teatro Os Melhores do Mundo com “Hermanoteu” no Ulysses Guimarães e a festa “Espírito do tempo” trazendo a noite de Berlim para a mostra Zeitgeist. O escultor Auguste Rodin é tema de mostra no TCU. No CCBB, a exposição “Horizontes da arte na América Latina e Caribe” tem 60 obras de 19 países.
Música
Pela primeira vez na capital sem o cantor e multi-instrumentista Paulo Miklos, os Titãs fazem um luau às margens do Lago Paranoá, no Iate Clube. A festa acontece nesta sexta às 21h.
A sexta marca o início do “Circuito Instrumental Itinerante”, na Praça do Museu de Planaltina. O circuito tem participação dos Irmãos Saúde, da sanfoneira Dona Gracinha e da Orquestra Marafreboi. O evento é gratuito.
O Capella Lounge, em Taguatinga, recebe nesta sexta um show com a dupla Roniel e Rafael, que lança CD em comemoração aos 20 anos de carreira. A festa tem também Jhony & Rahony, Só Pra Xamegar, Rogério & Matheus e Paulla & Paolla.
No sábado, a principal atração da casa é a dupla João Bosco & Vinícius, uma das principais do sertanejo universitário. Eles cantam sucessos como “Chora me liga”, “Sorte é ter você” e “Tarde demais”. Do novo trabalho, o repertório tem “Estrada de chão”. O sertanejo continua em alta no evento com o show da dupla Zé Marco & Miguel, de Brasília.
No projeto “Na Praia”, atrás da Concha Acústica, acontece “happy hour” com O Bando na sexta. No sábado, o evento é a “praia do rosa”, com a dupla sertaneja Matheus & Kauan – lançando DVD “Na praia”. No domingo, a atração do “Som na praia” é o guitarrista e cantor Digão, dos Raimundos.
Teatro
“A dança dos signos” é um espetáculo de Oswaldo Montenegro que estreou em 1982, no Rio de Janeiro. A montagem faz um passeio pelos 12 signos do zodíaco, com magia, alegria e arte e comemora os 21 anos desde que a Oficina Dos Menestréis executou a peça em Brasília.
O espetáculo está em cartaz no Teatro Oi Brasília entre sexta e domingo, às 21h, e tem direção de Deto Montenegro. No palco, 22 menestréis cantam, dançam e atuam com muita arte e humor.
No Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a atração é a companhia “Os Melhores do Mundo”, com o espetáculo “Hermanoteu na Terra de Godah”. A peça é encenada no sábado, às 21h, e no domingo, às 20h.
O espetáculo foi inspirado na história de um hebreu da Pentescopeia, que viveu durante a época do antigo testamento da Bíblia. Hermanoteu recebe a missão de guiar o próprio povo à Terra de Godah. A jornada não é fácil e sai da cronologia história contada nas páginas bíblicas, com cenas como a abertura do Mar Vermelho.
O humorista Rodrigo Capella conta suas experiências como pai de primeira viagem no espetáculo “Não recomendado para a sociedade”, em cartaz neste sábado e domingo no Teatro Brasília Shopping.
Durante a peça, Capella fala sobre os momentos curiosos, de carinho, situações inusitadas e memoráveis, conflitos e até instantes traumatizantes. O humorista se abre para o público e apresenta as vivências de um homem solteiro, independente e baladeiro, mas com a responsabilidade de cuidar de uma vida.
Cinema
Primeira atriz negra a encenar um espetáculo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e também a protagonizar uma novela na TV brasileira, Ruth de Souza é a grande homenageada da mostra “Pérola negra”, em cartaz até 29 de agosto no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), de Brasília. O festival exibe 25 obras entre produções cinematográficas e participações na TV.
No sábado, o festival exibe participações da artista nos programas “Dama da TV”, “Heróis de todo mundo – episódio Carolina de Jesus”, “Favela – A vida na pobreza” e “Espelho”, às 16h. Em seguida, acontece a masterclass “O negro no cinema brasileiro” e o filme “Terra é sempre Terra”. A programação do domingo tem a exibição dos filmes “Pureza proibida”, às 16h, “O assalto ao trem pagador”, às 18h, e “Jubiabá”, às 20h.
Exposições
O DF recebe até 31 de agosto um circuito de exposições para comemorar o mês da arte de registrar imagens. Com o tema “A vida – Uma celebração da fotografia”, o evento é realizado no Museu da República e nas unidades do Sesc da 504 Sul, 913 Sul, Ceilândia e Gama. O programa uma parceria entre o Coletivo Fotográfico Lente Cultural e o Sesc.
Uma das exposições acontece no Museu Nacional da República. A “Coletiva de Fotógrafos do Centro-Oeste” tem 102 fotos selecionadas entre 570 imagens de 218 autores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Durante a noite, as fotos são projetadas na cúpula do museu (veja toda a programação na página do festival).
Um dos maiores escultores de todos os tempos, o francês Auguste Rodin é tema de exposição na galeria Marcantonio Vilaça, no Tribunal de Contas da União (TCU). A programação pode ser vista até 5 de novembro, de terça a sábado, das 9h às 19h.
A mostra “O despertar modernista” é dividida em dois segmentos. No primeiro há 14 esculturas, sendo quatro originais do artista e dez cópias em resina, autorizadas pelo Museu Rodin, em Paris. A exposição tem também fotografias do artista.
O segundo ambiente tem fotografias, com peças vindas do museu europeu e outras da Pinacoteca de São Paulo. São 36 peças selecionadas para informar o espectador sobre a vida e a obra do artista.
Vai ser possível conhecer mais de perto o cotidiano de Rodin em seu ateliê e seu método de trabalho – Rodin desenhava suas peças, esculpia em formato menor, fazia os moldes em gesso e depois seus assistentes se incumbiam de ampliá-las em outros materiais.
A exposição “Zeitgeist – A arte da nova Berlim”, em cartaz no CCBB, tem nesta sexta-feira aprimeira das três festas previstas para o evento, que acontece até 12 de outubro. “Espírito do tempo” pode ser conferida das 21h às 3h e tem DJ, VJ, performance Standard Time do artista Mark Formanek e a performance Temporary Tattoo do artista Marc Branderburg.
A festas ocorrem aos moldes de eventos típicos da noite berlinense, com performances, vídeos e fotografias. O segundo evento do tipo está prevista para 16 de setembro; e a terceira, no encerramento, em 12 de outubro.
A exposição “Zeitgeist – A arte da nova Berlim” oferece um panorama da recente cena artística da capital alemã. A exposição tem obras de 29 artistas, entre pinturas, performances, fotos, videoarte, instalações, palestra e até festas, com o melhor da noite da cidade europeia.
O público pode ver a mostra de quarta a segunda, das 9h às 21h, e a entrada é gratuita. A abertura aconteceu em 27 de julho. O primeiro programa especial foi a palestra do fotógrafo e host (anfitrião) do clube Berghain, Sven Marquardt. A atividade teve participação do curador da exposição, Alfons Hug.
Um dos objetivos da exposição é mostrar como se formou a cena cultural alemã depois da queda do Muro de Berlim, em 1989. A exposição trata da “reinvenção” da cidade e da transformação da vida improvisada dos anos 1990 até os dias atuais.
Entre o “caos aparente e a febre criativa”, Berlim vê surgir uma consistente produção artística, que acaba influenciando nomes de diversas vertentes do mundo todo.
O nome “zeitgeist” – espírito de uma época – é um conceito que usa um acontecimento como significativo para se compreender um período, “a partir do qual a arte, a cultura e as relações humanas evoluem”.
O Centro Cultural Banco do Brasil recebe até 24 de outubro a exposição “Horizontes da arte na América Latina e Caribe”, com 60 obras de 19 países. A mostra pode ser vista gratuitamente de quarta a segunda, das 9h às 21h.
O público pode ver trabalhos de nomes como os brasileiros Di Cavalcanti, Tomie Ohtake e Cícero Dias, os uruguaios M. de Vita, Vicente Martin, Costigliolo e Rafael Damiani, o cubano Alexandre Lobaina, o jamaicano Marvin Ferguson, o guatemalteca Elmar Rojas, os haitianos Frank Etienne e Bernard Sejourne, o salvadorenho Fernando Llort, a hondurenha Leticia Banegas e o muralista mexicano Diego Rivera.
Segundo os organizadores, o objetivo é “quebrar o paradigma do extremo desconhecimento mútuo”. A exposição foi concebida com o intuito de apresentar ao público brasileiro um recorte da poética dos países das regiões.
A exposição traz obras de acervos das representações diplomáticas que estão em Brasília e peças disponibilizadas pelos governos dos países.
São pinturas, gravuras e desenhos divididos em três eixos: “Das coisas”, com inventários do mundo; “Do horizonte”, com as paisagens; e “Dos retratos”, com rostos, corpos e suas marcas.
Fãs de arte performática podem conferir uma exposição sobre o artista multimídia Ivald Granato na Caixa Cultural. A mostra reúne 130 obras que resumem os 50 anos da trajetória de um dos pioneiros da arte performance.
O público pode conferir gratuitamente pastas-objeto, fotos originais, cartazes, roupas e acessórios usados em performances, ampliações fotográficas, livros, textos, estudos e vídeos originais de Granato.
Os trabalhos mostram uma mistura de diferentes modalidades de arte – dança, música, pintura, teatro, escultura e literatura – como um desafio às classificações habituais, colocando em questão a definição de arte.
Outra atração da Caixa Cultural é a exposição “Panorama Vera Sabino”, que reúne 40 obras da artista catarinense, que completa 50 anos de carreira. A mostra traz as raízes folclóricas e o universo mítico-mágico dela, com homenagem à colônia e aos imigrantes do país em temas como natureza, feminino e religião.
Ao lado de cada trabalho, há um poema de Semy Braga, marido da artista. Outro toque literário na exposição são os textos da escritora Michelline Barros, que assina a curadoria da exposição ao lado de Antonio Fasanaro. O evento exibe também o documentário “A ilha em mim”, da cineasta Suélen Ramos Vieira Vale, sobre a trajetória de Vera.