Região apresenta 3,47 divórcios por cada mil moradores acima de 20 anos. Houve 129 casamentos homoafetivos no ano passado, mostra estudo.
O Distrito Federal é a unidade da federação com maior taxa de divórcios por mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, o DF registrou 3,47 divórcios a cada mil moradores com 20 anos ou mais. A média nacional é de 2,41 casos por cada mil brasileiros nessa faixa de idade.
Segudo o estudo do IBGE, houve 18.508 casamentos em 2014 no Distrito Federal. Desses, 129 foram homoafetivos (46 uniões a mais em relação ao ano anterior). Pelo levantamento, as mulheres têm se casado mais cedo: passaram a ir ao altar aos 35 anos, em vez dos 39 – média de 2013. Homens do DF tinham tendência de casar aos 35 em 2013, mas em 2014 passado disseram “sim” aos 34 anos.
O ano passado foi o segundo a ter casamentos homoafetivos autorizados por lei. Em 2013, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que os cartórios realizassem a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Desde a publicação da resolução até maio deste ano, o Distrito Federal realizou 245 casamentos homoafetivos, segundo levantamento da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR). O número representa média de uma união a cada três dias.
Mortes e nascimentos
De acordo com o levantamento, 9,2% das mortes do DF foram violentas. A maior parte afetou homens (85,7%), na faixa etária entre 15 e 24 anos. Em dez anos, o Distrito Federal se tornou uma unidade da federação que apresenta maior redução no número de mortes do tipo (-9,8% relacionadas a homens e -13,9% envolvendo mulheres).
Em relação a morte de crianças, os casos representavam 19,3% de todas as mortes registradas em 1984. Após 30 anos, o número passou para 4,4% das ocorrências. Por outro lado, o DF ganhou 57.442 novos moradores recém-nascidos em 2014. Ao todo, 171 crianças nasceram de parto domiciliar, informou o IBGE.
Segundo o órgão, foi na década de 1940 que começou a queda nas taxas de mortalidade infantil graças a “melhorias nas condições de vida, aperfeiçoamento das condições sanitárias, higiene pública, descoberta do DDT, primeiro pesticida moderno, que foi largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para combate aos mosquitos vetores da malária e do tifo, e aperfeiçoamento de vacinas e outros meios de medicina preventiva”.
A pesquisa do IBGE ressalta ainda outros fatores que ajudaram a reduzir as taxas de mortalidade como o aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de domicílios com esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo, e maior acesso da população aos serviços de saúde, com relativa melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida dos bebês.