Mesmo sem ter a confirmação oficial de que haverá paralisação, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) colocou as equipes de prontidão. A ordem é garantir a circulação dos coletivos e, para isso, cogita-se, inclusive, contar com o apoio Polícia Militar e do Departamento de Trânsito (Detran). O diretor operacional do DFTrans, José Renato Duarte Santos, confirma a existência de um “buxixo” de que os rodoviários vão promover novo protesto e diz que o assunto está sendo monitorado pelo governo. José Renato reconheceu a dificuldade de traçar uma estratégia, mas assegurou que vai usar os meios necessários para garantir que o sistema não pare.
Segundo o representante das empresas de ônibus do Distrito Federal, Wagner Canhedo Filho, não existe sinalização de que os trabalhadores vão cruzar os braços. O setor chegou a ser acusado de ter fomentado as mobilizações.
Em nota, o Governo do Distrito Federal (GDF) afirmou, no início da noite de segunda-feira, que a manifestação teria sido organizada por vários empresários que perderam a licitação para a renovação da frota de ônibus do Distrito Federal, de acordo com o Sindicato dos Rodoviários. “Nunca incentivamos esses protestos e não será agora. O que existe é uma incerteza dentro da categoria, uma insatisfação, até porque o sindicato não consegue dar uma resposta às reivindicações, porque também não sabe. O GDF não fala nada. Esse é o motivo, uma insatisfação generalizada”, resumiu Canhedo Filho.
No meio dos boatos, a empregada doméstica Angela Batista Figueira, 42 anos, não sabe o que fazer. Moradora de Ceilândia, ela precisa chegar ao trabalho, no Lago Sul, às 8h. “Combinei com a minha patroa de ligar para avisar. Se não tiver ônibus, ela vai me buscar”, disse. (AB)