Para o diretor do FBI (Federal Bureau of Investigation), James Comey, a criptografia nos dados dos celulares pode ser um entrave não só para a organização, mas para defender os cidadãos americanos de terroristas, exploração sexual e outros crimes.
Durante evento realizado no Brookings Institution, em Washigton (EUA), Comey disse que novos aparelhos como os com iOS 8 e o novo Android 5.0 têm “o potencial de criar um buraco negro para a aplicação da lei” por limitarem a capacidade de acesso a informações armazenadas.
O agente disse ainda que o FBI têm se deparado com um número crescente de casos com evidências armazenadas em celulares ou laptops que não podem ser acessados. “Se isso se tornar normal, acho que investigações de casos de homicídio podem parar, suspeitos permanecer livres, a exploração infantil não ser descoberta e investigada”, defendeu.
Cormey também explicou que a organização não gostaria de acesso pela “porta dos fundos”, mas sim usando a “porta da frente, com clareza e transparência, e com uma clara orientação prevista em lei”, completou.
O diretor do FBI encerrou o discurso pedindo uma atualização na legislação dos Estados Unidos no que diz respeito à aplicação da lei para interceptar comunicações, criada há duas décadas e que não abrange algumas tecnologias atuais.