Um homem morreu baleado na cabeça em um assalto na Praça Carlos Paolera, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, na manhã desta sexta-feira. Os criminosos levaram o veículo do farmacêutico Carlos Alexandre Resende, 40 anos. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso. Uma testemunha do crime relatou, nas redes sociais, que os assaltantes estavam no ônibus 623. Eles saltaram do coletivo, assaltaram a vítima e a mataram. “Horrível aquela cena”, disse.
A poucos metros da área do crime isolada pela polícia, uma mulher ao telefone tentava contato com o marido, que a encontraria na praça, que fica ao lado da Igreja São Francisco Xavier. Alessandra Moraes Luiz tinha chegado de São Paulo em um ônibus fretado, como parada no local, pouco depois das 6h. Por volta das 8h, muito preocupada, ela chorava por não conseguir falar com o marido, que tinha saída da Ilha do Governador, também na Zona Norte, para encontrá-la no ponto de parada do coletivo.
— Não tem nada a ver com isso não. Estou esperando o meu marido, só estou preocupada. Eu estou chorando porque meu marido não atende. Eu estou nervosa já — disse.
Os jornalistas que cobriam o caso no local pediram que policiais conversassem com Alessandra, que mostrou uma foto do marido, Carlos Alexandre. O saco plástico que cobria o corpo do farmacêutico levantou com o vento, expondo os tênis que a vítima usava, item que a viúva logo reconheceu. Ela em seguida ficou aos prantos.
— É meu marido! É meu marido! — gritou, ao reconhecer o corpo.
Ao ver essa cena, a técnica de enfermagem Alessandra Pinto, de 45 anos, que saía do trabalho quando tudo aconteceu, ficou ao lado da viúva para ampará-la.
Policiais militares fizeram um cerco da região em busca dos autores do crime. A informação inicial é de que foram quatro criminosos. O corpo foi periciado pela Delegacia de Homicídios.
Em nota, a Polícia Militar informa que uma equipe do 6º BPM (Tijuca) foi acionada para verificar a ocorrência na Rua São Francisco Xavier. No local, os policiais encontraram uma pessoa ferida no chão. Com o óbito confirmado, a área foi isolada para perícia da DHC.
Também por meio de nota, a Polícia Civil afirma que as investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Uma equipe fez a perícia no local pela manhã e os agentes buscam imagens de câmeras de segurança instaladas na região para identificar os criminosos.
Fonte: O Globo