Para presidente da Caesb, situação ‘é algo que se precisa evitar’. Desde sexta, DF está autorizado a implementar 2 dias de racionamento.
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Em meio à pior crise hídrica da história do Distrito Federal, a TV Globo flagrou na manhã desta segunda-feira (23) um funcionário irrigando plantas na frente do Palácio do Buriti, sede do governo local. Foram pelo menos sete minutos de água correndo da mangueira.
Analisando as imagens no Bom Dia DF, o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, declarou que a situação “é algo que se precisa evitar”.
Na sexta (20), a Agência Reguladora das Águas (Adasa) autorizou a Caesb a ampliar o racionamento para dois dias seguidos. A medida tem caráter apenas de permissão, ficando a cargo da companhia decidir se e quando põe em prática a restrição de água por mais um dia.
No mesmo dia, a Caesb chamou a imprensa para dizer que ainda tem “fôlego”. A empresa admitiu a possibilidade de manter o ritmo atual de abastecimento e racionamento, pelo menos, até que o reservatório do Descoberto chegue a 4%. Até então, o “gatilho” para reduzir a captação de água na bacia era de 9% – mais que o dobro.
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Os 9% eram baseados nas curvas de monitoramento projetadas pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa), e indicavam o ponto mais baixo previsto para o Descoberto em 2017. De acordo com esse documento, o reservatório atingiria o mínimo na próxima semana. Nesta sexta, a bacia já opera com 10,2%, segundo medição da Adasa.
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O presidente da companhia, Maurício Luduvice, informou que “melhorias operacionais na rede permitiram que a Caesb pudesse trabalhar de forma segura com o reservatório em um nível mais baixo”. Entre essas melhorias, estão conjuntos de “motor-bomba” instalados no Descoberto.
“Conseguimos através da otimização dos nossos cálculos. Os cinco conjuntos de motor-bomba construídos permitem que a gente possa ir um pouco além.”
Bananal
Luduvice prometeu para a próxima semana o início das operações da estação do Bananal. Quando operar a “pleno vapor”, o sistema deve reforçar em 726 litros por segundo o sistema de abastecimento de água do DF.
Foram gastos pelo menos R$ 20 milhões, provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil. A previsão é de beneficiar 170 mil pessoas.
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