Estudantes brasileiros protestatam nesta quarta-feira, em Paris, contra a prisão de manifestantes e um jornalista pela Polícia Militar de São Paulo durante a manifestação contra o aumento das passagens do transporte público realizada ontem na capital paulista. Munidos de cartazes, eles esperaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em frente ao Hotel de Matignon, sede do governo francês, onde ele se reuniria com o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault.
Alckmin está em Paris acompanhado do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e do vice-presidente da República, Michel Temer, para apresentar a candidatura da cidade como sede da Expo 2020. Os cartazes traziam dizeres como ‘Não há transporte no país da Copa’, ‘Soltem nossos presos!’ e ‘Alckmin, o vândalo é você’. Este último é uma resposta à declaração do governador, que chamara os manifestantes de “baderneiros e vândalos”: “É intolerável a ação de baderneiros e vândalos destruindo o patrimônio público. Eles devem pagar por isso”, disse à imprensa francesa.
Também foram feitas críticas à gestão municipal de Fernando Haddad (PT), que estaria “de mãos dadas com o fascismo tucano”. Também na França, o prefeito dissera que “os cidadãos têm todo o direito de discordar”, mas que a “liberdade está sendo usada para prejudicar a população com a depredação de patrimônio público e privado”.
Os cerca de dez manifestantes permaneceram pouco tempo diante do Hotel de Matignon. A polícia francesa impediu a continuação do ato, alegando que ele não havia sido autorizado pela prefeitura parisiense. Uma norma local determina que protestos que impessam a circulação de pessoas sejam previamente autorizadas. Porém, segundo uma das manifestantes, Bia Barbosa, relatou que o ato foi ordenado e não prejudicou o trânsito ou a circulação de pedestres.
Manifestantes em paris