O Centro de Capacitação Tecnológica e Desenvolvimento Rural da Emater-DF (Centrer) aumentou em 100% o número de pessoas atendidas em 2019, na comparação com o ano anterior. Foram 12 mil produtores, entidades e moradores de área urbana atendidos pela empresa; em 2018 esse número ficou em 5.959. O resultado inclui atividades próprias do Centrer e ações em parceria com instituições como Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), Ceasa-DF, cooperativas, associações e escolas.
São realizadas capacitações para a fabricação de lácteos (iogurtes e queijos), preparo de carnes, panificados, processamento de frutas e hortaliças e alimentos diferenciados, como produtos sem glúten, sem lactose, diet e light. O projeto de capacitação de mão de obra rural faz parte do Plano Estratégico do Governo do Distrito Federal e, na prática, significa mais oportunidade para os agricultores.
“Na verdade, temos conseguido atender bem mais do que o que está planejado”, comemora a gerente do centro de capacitação, Sandra Cristina de Sousa. Em atividades exclusivas do Centrer, foram contabilizadas 72 capacitações que alcançaram quase 1,2 mil participantes. Em 2018 foram 48 ações e cerca de 950 participantes.
“Somos uma unidade de apoio. Além das atividades que o Centrer executa na área de agroindustrialização, estamos aqui também para apoiar as atividades que acontecem no campo, dentro das cadeias produtivas”, explica Sandra. “E o aumento do alcance demonstra a importância desse apoio, que tem sido cada vez mais demandado pelas unidades da Emater-DF no campo”, completa.
A produtora Gilda Cabral é uma das participantes dos cursos do Centrer. Segundo ela, foi na Emater-DF um dos primeiros cursos que fez. “Eu tinha vontade de fazer o queijo coalho, mas não tinha feito e não sabia a técnica. Quando soube do curso da Emater, fui fazer”, conta. Desde então, sempre que leva algum funcionário para aprender nos cursos e oficinas, ela faz o curso novamente.
“Em cada curso, aprendi um pouquinho mais, além de reforçar a importância das boas práticas”, afirma Gilda. Como resultado da dedicação, ao final de 2019, a produtora foi premiada no Concurso de Queijos de São Sebastião. Ela levou a primeira colocação na categoria queijo Minas Frescal. “Eu adoro fazer queijos e quero fazer mais cursos. Agora, quero aprender a fazer o queijo Gorgonzola”, anima-se a produtora.
Apesar de serem voltados para o público do campo, o Centrer também oferece cursos para a área urbana – que acontecem em datas programadas, mediante pagamento de taxa de matrícula. Já os cursos para o público da área rural são gratuitos. Em 2019, cursos como o de hambúrguer artesanal, geleias, pães integrais e sucos funcionais chamaram atenção de pessoas da área urbana interessadas em aprender para o consumo próprio e também como meio de profissionalização no ramo da gastronomia.
Banco de alimentos
A atuação do Centrer também se destaca com o curso de aproveitamento integral de alimentos, oferecido às entidades socioassistenciais cadastradas no Banco de Alimentos da Ceasa-DF.
O Centrer apresenta técnicas e dicas para evitar o desperdício de alimento, utilizando ingredientes que normalmente não são aproveitados, como farofas feitas com sementes e casca de abóbora, suco de limão com alface, o “falso siri”, feito à base de repolho, além de tortas com aproveitamento integral com talos, folhas, cascas e entrecascas de diversos vegetais.
“Só usávamos as verduras para fazer saladas. No curso, aprendemos a fazer tortas, panqueca com couve, suco com alface e mais um monte de receitas novas”, afirmou a auxiliar de cozinha Edilene Araújo, durante o curso.
Fonte: Agência Brasília