O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou na segunda-feira (1º) o coronel Júlio César Lima de Oliveira da chefia da Casa Militar do DF. Segundo o chefe do Executivo, a saída ocorreu por conta de “embates” internos no órgão.
“A Casa Militar foi criada para cuidar da segurança do governador. Existiam ali muitos grupos que estavam com embates diários, que eu não acho muito conveniente para quem está cuidando da minha vida pessoal e dos meus familiares.”
O governador afirmou ainda que tentou “pacificar” a situação, mas no fim decidiu pela exoneração do militar.
“Foi uma questão mais pessoal, não por incompetência ou competência, o coronel Júlio é uma pessoa de extrema competência e foi extremamente fiel comigo durante esse período, mas tem hora que é preciso fazer mudanças pessoais e pontuais.”
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/0/O/90JeFSSnCK2tBiByec3Q/coronel-julio-cesar.jpg)
Coronel Júlio César Lima de Oliveira foi exonerado da chefia da Casa Militar do DF — Foto: Casa Militar do DF/Divulgação
A exoneração de Júlio César Lima de Oliveira foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF de segunda (1º) (veja abaixo). O G1 tenta contato com o militar.
No lugar de Oliveira, assume o tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/k/S/2SSnc7TgACqPDnyfAWYQ/exoneracao.png)
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, exonerou o coronel Júlio César Lima de Oliveira da chefia da Casa Militar do DF — Foto: DODF/Reprodução
Casa Militar x Gabinete de Segurança Institucional
O coronel Júlio César Lima de Oliveira foi anunciado por Ibaneis para a chefia da Casa Militar em 3 de janeiro, após um recuo do governador.
Na época da transição, o governador havia afirmado que extinguiria a Casa Militar e, em seu lugar, criaria um Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que ficaria responsável por sua segurança. O nome do ex-deputado federal e delegado aposentado da Polícia Civil Laerte Bessa (PR) chegou a ser anunciado para a chefia do órgão.
A implementação da medida, no entanto, foi adiada por tempo indeterminado depois que Ibaneis encontrou percalços judiciais na criação do GSI. O G1 questionou o Palácio do Buriti nesta terça-feira sobre os planos para o Gabinete de Segurança Institucional, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Apesar de manter a Casa Militar, Ibaneis a retirou do primeiro escalão. Ela passou a ser subordinada à Secretaria de Segurança Pública do DF.
Nome novo
Novo responsável pela segurança do governador, o tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt é mais próximo da comandante-geral da Polícia Militar, coronel Sheyla Soares Sampaio. Para assumir a Casa Militar, ele deixou o cargo de subchefe da Subchefia de Operações de Segurança, também no órgão.
