A empresa Técnica Construção, Comércio e Indústria Ltda., atual responsável pelo funcionamento da caldeira do Hospital Regional da Asa Norte, suspeita de provocar o vazamento da última quarta-feira no Lago Paranoá, é reincidente. Ela foi a mesma que respondeu pelo despejo de resíduos em 16 de junho do ano passado. O Fundo de Saúde do Distrito Federal já empenhou, de fevereiro a outubro deste ano, mais de R$ 3 milhões em 10 notas à Técnica.
O proprietário da empresa, Jair Rodrigues da Costa, afirmou que, com os descontos, recebe R$ 267.264,51 mensais pela “manutenção preventiva e corretiva, com fornecimento de peças, supervisão contínua de operação, assistência técnica, inspeções de segurança dos sitemas de geração e distribuição de vapor”. Jair garante que o valor não cobre as despesas de serviço, além da responsabilidade da operação. Ontem, ele enviou um documento à Subsecretaria de Logística e Infraestrutura de Saúde da secretaria, no qual alerta para o fato de as caldeiras dos hospitais terem atingido 90% do tempo limite de vida útil. Com mais de 30 anos, afirmou Jair Rodrigues, as caldeiras “correm o risco de explodir.”
O contrato 024454, cujo número original é 093/2012, firmado com a Secretaria de Saúde do DF em agosto do ano passado e com data de conclusão para novembro deste ano, confirma que a empresa é responsável pela “elaboração de documentação técnica para reformar e modernizar o sistema de geração, distribuição de vapor e água quente de 11 hospitais da Secretaria de Saúde”. O valor contratado é de R$ 129.900.