Rodoviários retomaram postos no fim da manhã; eles cobravam adiantamento salarial. Empresas começaram a depositar valores; paralisação afetou 1 milhão de passageiros.
Rodoviários do Distrito Federal voltaram a trabalhar no fim da manhã desta quarta-feira (24), após passarem a manhã de braços cruzados em uma paralisação por salários. Os funcionários de 4 das 5 empresas que atuam nas bacias de ônibus cobravam o adiantamento de 40% dos salários – que é previsto no acordo coletivo, mas estava atrasado desde sábado (20). Por volta do meio-dia, o serviço estava normalizado.
As empresas que não saíram das garagens são Urbi, Pioneira, Marechal e São José. Piracicabana e TCB continuaram funcionando normalmente.
A assessoria das companhias de ônibus informou que “até o final do horário bancário [16h], todos os pagamentos terão sido feitos”. As viações dizem que a dívida do GDF alcança R$ 200 milhões e, por isso, há dificuldade para honrar a folha salarial.
Em nota, a Secretaria de Mobilidade diz que o governo “tem cumprido o cronograma de pagamento”, definido no ano passado.
“Em relação às despesas correntes do mês, estas estão sendo pagas, tanto diariamente (vale transporte e cartão cidadão), quanto mensalmente. Só em maio, por exemplo, já houve um repasse de R$ 34 milhões às empresas, restando ao governo repassar R$ 11 milhões referente ao mês de março, o que quita os débitos de 2017”, diz a secretaria.
Além desses valores, o GDF ainda precisa repassar R$ 88 milhões às empresas, referentes a 2015, e R$ 56 milhões pendentes do ano passado. “Em relação ao não pagamento dos funcionários, a pasta esclarece que compete às empresas garantir o repasse dos salários e demais encargos trabalhistas”, diz o governo.