Assassinado dentro do próprio apartamento, na QNN 7 de Ceilândia, o corpo do enfermeiro André Sinhá foi encontrado sem roupas e com os braços amarrados com um cabo de ferro de passar roupas. Os detalhes foram revelados ao Correio por um amigo do jovem, que foi o primeiro a ver a cena do crime e preferiu não se identificar. O caso é investigado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).
Em relato à reportagem, o rapaz contou que André saiu de casa na sexta-feira à noite (1º/4) na companhia de alguns amigos. O grupo foi a dois bares da cidade, um deles localizado na QNM 2/4. “Ele foi embora depois e já era acostumado a fazer isso”, conta. “Pedia um transporte por aplicativo e ia para a casa. Mas, durante todo o sábado (2/4), não estávamos tendo notícias dele”, relatou o amigo.
No WhatsApp, o registro do último visto do rapaz era de 1h24. Ao longo de sábado e domingo, o colega bateu inúmeras vezes na porta de André, mas sem sucesso. Na manhã desta segunda-feira (4/4), o rapaz acordou preocupado e voltou a chamar pelo amigo. “Senti um forte cheiro, mas inicialmente achei que era o lixo da vizinha. Fui para o meu apartamento e voltei depois de uma hora. Dessa vez, o cheiro estava mais forte. Foi quando acionei a proprietária do apartamento.”
A dona do imóvel chegou poucos minutos depois, com a cópia da chave do apartamento do enfermeiro. Quando os dois entraram no local, encontraram tudo revirado. A porta da geladeira estava aberta, com as carnes para fora. A testemunha caminhou até o quarto de André, mas a porta também estava trancada e foi preciso arrombar.
Ao entrar no quarto, o amigo de André encontrou roupas jogadas ao chão e um cenário de completa destruição. “Quando olhei perto da cama, meu amigo estava nu, com sinais de como tivesse sofrido abuso.” O enfermeiro também estava com os braços amarrados com um cabo de ferro de passar roupas e ferido com uma faca.
Natural de Bom Jesus (PI), André se mudou para Brasília em julho de 2020 e, segundo conhecidos, não tinha parentes na capital. O corpo do enfermeiro foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) e deve ser liberado apenas na quarta-feira (6/4).
Fonte: Correio Braziliense