A Coordenação Regional de Ensino do Gama iniciou o ano letivo com uma nota satisfatória. Mais de 80% das escolas passaram por algum tipo de reforma nas férias. Ou seja, dos 50 colégios, apenas oito não fizeram qualquer tipo reparo. Isso porque, conforme explica a coordenadora regional, Cássia Maria Marques Nunes, “não tinha mesmo o que fazer mais neles, pois estão em ótimo estado”.
A reportagem conferiu de perto. O primeiro colégio visitado foi o Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi). Com R$ 63 mil, o diretor da unidade, Lafaiete Formiga, pintou o muro, adaptou salas para servir de descompressão aos alunos entre um turno e outro, fez reparos de marcenaria e instalou projetores e ar-condicionado em todas as salas.
“A escola é de excelência”, comemora o professor Alexandre Cerqueira, apontando uma característica que reforça o reconhecimento da instituição entre a comunidade. Nova no Cemi, a aluna Maria Eduarda, de 14 anos, se mostrou satisfeita com as instalações e serviços oferecidos. “A comida é muito boa”, elogia. Assim como ela, estudantes interessados em se transferir para o Cemi passam por uma rigorosa avaliação.
Verba bem-aproveitada
A algumas quadras dali, mas ainda no Setor Oeste do Gama, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 10 deu uma aula de economia. Com uma verba de R$ 70 mil, oriunda de emenda destinada pelo deputado distrital Daniel Donizete para a reforma da biblioteca e da cantina, o diretor da escola, Carlos Jorge, foi além: construiu um calçadão para os alunos, reformou salas de aula, instalou piso novo e pintou a casa de gás, que também foi ampliada.
“As emendas te dão a liberdade de fazer três orçamentos, e você pode buscar o melhor preço”, explica o diretor. No CEF 10, ele conseguiu desdobrar a verba disponível em bons resultados. Responsável pela biblioteca, a professora Shirleida Fonteneles destaca: “Está cem por cento agora”.
Banheiros “de shopping”
No Setor Sul, a Escola Classe 18 desponta como mais um exemplo de recursos bem-empregados. A partir de uma verba de R$ 100 mil, alocada pelos deputados distritais Daniel Donizete e Reginaldo Veras, a instituição ganhou novos banheiros para professores – “parecem de shopping”, exaltou a coordenadora Cássia Nunes – e um parquinho completamente novos.
Os banheiros dos alunos também foram contemplados com uma reforma, iniciada no fim do ano passado, durante as férias. O sanitário das meninas gotejava quando chovia. “Tivemos de interditar um tempo”, lembra o diretor, Thiago Paz.
No Setor Central, a situação era mais drástica. “Havia dois boxes no banheiro para 170 professoras”, relata o diretor do Centro de Ensino Especial 1, Adelmo de Jesus. Com recursos de R$ 80 mil, do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), várias benfeitorias foram feitas na escola.
Além de ampliar e instalar um chuveiro no banheiro das professoras, Adelmo trocou o piso da sala e colocou armários embutidos na sala dos professores. Também pintou paredes e vai trocar o piso do pátio para melhorar a acessibilidade. “Eu mesmo faço a contabilidade”, conta. A exemplo dos demais diretores, ele sabe que todo recurso tem destino certo: melhorias na unidade estudantil.
Fonte: Agência Brasília