O comando conjunto das forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos na península coreana elevou em um nível seu sistema de alarme perante indícios que apontam que a Coreia do Norte poderia realizar em breve testes de mísseis balísticos.As tropas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos aumentaram seu estado de vigilância de “Watchcon 3” para “Watchcon 2”, que é ativado quando se considera que existe uma ameaça grande, explicaram oficiais do comando conjunto à agência “Yonhap”.O nível 1 é ativado durante períodos de guerra efetiva.
O exército da Coreia do Sul iniciou um grupo de trabalho encarregado de supervisionar e analisar os últimos avanços nos preparativos norte-coreanos.
Segundo imagens obtidas por satélite nos últimos dias, acredita-se que Pyongyang transferiu mísseis balísticos Musudan, de alcance médio, a seu litoral leste, e os montou em plataformas de lançamento.
Esses projéteis, que aparentemente nunca foram testados pelo regime, têm um suposto alcance entre 3 mil e 4 mil quilômetros, o que em teoria permitiria atingir alvos no Japão ou nas bases americanas da ilha de Guam, no oceano Pacífico.
Representantes do governo sul-coreano e especialistas acreditam que o regime comunista pode realizar um ou vários lançamentos de teste nesta semana ou na próxima por ocasião da comemoração, no dia 15 deste mês, do aniversário do fundador do país, Kim Il-sung, avô do atual líder, o jovem Kim Jong-un, considerado inexperiente e imprevisível por analistas ocidentais.
As imagens obtidas por satélite também revelaram a preparação na faixa oriental de mais plataformas móveis de lançamento, aparentemente para mísseis com alcances menores que o Musudan, o que segundo a inteligência sul-coreana indica que Pyongyang poderia realizar vários lançamentos simultâneos.
Perante estes indícios, a Coreia do Sul preparou dois navios com sistemas para interceptar mísseis Aegis em suas costas do Mar Amarelo (Mar Ocidental) e do Mar do Leste (Mar do Japão).
Seul também pôs em funcionamento o sistema de radar defensivo terra-ar Green Pine e o sistema de alarme antecipado Peace Eye, que consta de quatro aviões de vigilância Boeing 737 AEW&C.
Por sua vez, o Japão preparou baterias de mísseis terra-ar Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3) em Tóquio e seus arredores e enviou destróieres com sistemas Aegis ao Mar do Japão.